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May propõe novo acordo do Brexit, com opção de segundo referendo

Primeira-ministra do Reino Unido afirmou que todas as alterações foram feitas pensando em facilitar sua aprovação

Theresa May: primeira-ministra britânica propôs um novo acordo do Brexit ao Parlamento (Francois Lenoir/Reuters)

Theresa May: primeira-ministra britânica propôs um novo acordo do Brexit ao Parlamento (Francois Lenoir/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2019 às 13h12.

Última atualização em 21 de maio de 2019 às 13h51.

A primeira-ministra britânica Theresa May propôs, nesta terça-feira, aos parlamentares que votem um quarto acordo do Brexit, incluindo desta vez a possibilidade de opinarem sobre a celebração de um segundo referendo e uma união aduaneira temporária com a União Europeia (UE).

"Há uma última chance de encontrar uma maneira" de dar fim ao impasse do Brexit, afirmou a primeira-ministra conservadora, que incluiu neste "novo acordo", sem data de votação estabelecida, as exigências do opositor Partido Trabalhista - com quem estava negociando até sexta-feira.

Iniciados no começo de abril, esses diálogos com a oposição tinham como objetivo encontrar um acordo suscetível de obter apoio de uma maioria do Parlamento - que desde janeiro rejeitou três vezes o texto assinado em novembro pela primeira-ministra e seus 27 sócios europeus.

Mas, após o seu fracasso depois de seis semanas negociando, a primeira-ministra parece estar decidida a fazer concessões.

May já tinha anunciado intenção de submeter um novo acordo à votação do Parlamento, desta vez no formato de uma Lei sobre o Acordo de Retirada. Se os deputados aprovarem seu projeto, ela propõe que eles votem a eventual convocação de um segundo referendo e a manutenção temporária do Reino Unido numa união aduaneira com a UE.

Após o referendo de junho de 2016, no qual 52% dos britânicos votaram a favor do Brexit, o Reino Unido deveria ter deixado a UE em 29 de março de 2019.

Contudo, a recusa do Parlamento ao acordo de divórcio com Bruxelas levou May a adiar este prazo - atualmente estabelecido para 31 de outubro, com a possibilidade de deixar o bloco antes se encontrar uma solução para o entrave.

 

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