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Máxima autoridade xiita no Iraque pede boicote a deputados corruptos

Estas serão primeiras eleições desde que se declarou "vitória" sobre o grupo Estado Islâmico no país classificado como 12ª mais corrupto do mundo

Iraque: xiita pediu aos cidadãos do país para "evitar cair nas garras daqueles que querem enganá-los" (Salah Malkawi/Getty Images)

Iraque: xiita pediu aos cidadãos do país para "evitar cair nas garras daqueles que querem enganá-los" (Salah Malkawi/Getty Images)

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AFP

Publicado em 4 de maio de 2018 às 20h35.

A mais alta autoridade xiita do Iraque pediu nesta sexta-feira (4) a renovação da classe política, pedindo para que não reelejam parlamentares "corruptos" ou "incompetentes" nas eleições de 12 de maio.

Estas serão as primeiras eleições celebradas desde que se declarou "vitória" sobre os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque, país classificado na 12ª posição dos mais corruptos do mundo.

Um alto funcionário da comissão eleitoral, que organiza e supervisiona os comícios, disse AFP que há "muitos candidatos novos, mas não são maioria", embora não revelou porcentagens.

Em um sermão pronunciado nesta sexta-feira na cidade santa xiita de Kerbala, ao sul de Bagdá, durante a grande oração semanal de sexta-feira, Abdel Mehdi al Kerbalai, o representante do grande aiatolá Ali Sistani, pediu aos iraquianos para "evitar cair nas garras daqueles que querem enganá-los".

Al Kerbalai pediu que não reelejam "candidatos e líderes de chapas que ocuparam postos de responsabilidade nas legislaturas anteriores" e se mostraram "incapazes e corruptos".

Embora a opinião do grande aiatolá Al Sistani não seja de cumprimento obrigatório, ele é considerado uma autoridade entre os xiitas, que representam dois terços dos iraquianos.

Segundo o cientista político Aziz Jaber, este discurso é dirigido a "aos líderes de chapa que ocuparam postos no governo e a deputados como os vice-presidentes Nuri al Maliki e Iyad Alawi".

Entre os líderes das principais chapas eleitorais também está o primeiro-ministro, Haider al Abadi, que os críticos acusaram de falta de firmeza em relação à corrupção.

Em um comunicado, Al Abadi disse "apoiar totalmente" as declarações do xeque Kerbalai, desencadeando comentários irônicos na internet.

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