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Marrocos proibiu 29 publicações estrangeiras em 14 meses

As publicações francesas lideram a lista de proibições, segundo dados oficiais do Ministério da Comunicação Marroquino

O novo governo marroquino admite abertamente sua posição, que nunca chama de 'censura', e a defende em diferentes meios de comunicação impressos (Wikimedia Commons)

O novo governo marroquino admite abertamente sua posição, que nunca chama de 'censura', e a defende em diferentes meios de comunicação impressos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 15h55.

Rabat - O Ministério da Comunicação marroquino proibiu a entrada de 29 jornais e revistas estrangeiros no país desde janeiro de 2011 até fevereiro de 2012, principalmente por atentar 'contra a moral pública e os símbolos religiosos'.

De acordo com dados oficiais desse ministério, divulgados pelo jornal islâmico 'Al Taydid', órgão do Partido Justiça e Desenvolvimento, que dirige o atual governo, as publicações francesas lideram a lista de proibições, devido ao peso da população francófona marroquina, com um total de 22 revistas e jornais.

Dez das obras impressas francesas foram proibidas por atentar contra a ética pública, enquanto nove foram banidas por publicar charges do profeta Maomé ou de Deus, algo proibido no Islã.

O restante foi proibido por divulgar caricaturas do rei Muhammad VI ou por atentar contra 'a integridade territorial' do país, em suposta alusão à consideração do Saara Ocidental como território do Marrocos.

Após as publicações francesas estão as alemãs, com três obras impressas proibidas por divulgar caricaturas de Deus, do profeta Maomé e 'fotos escandalosas', cujo conteúdo não foi informado.

No mesmo período, dois exemplares do jornal espanhol 'El País' foram vetados no país por publicarem imagens religiosas ou conteúdos referentes ao Saara Ocidental e à monarquia.

Na última sexta-feira, a entrada da publicação espanhola foi novamente proibida por conter uma caricatura do rei do Marrocos. Um veículo chinês também foi banido em outra ocasião por 'atentar contra a integridade territorial'.

Apesar de no passado a proibição de publicações estrangeiras não ter sido reconhecida publicamente, o novo governo marroquino admite abertamente sua posição, que nunca chama de 'censura', e a defende em diferentes meios de comunicação impressos.

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