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Manifestantes buscam apoio do Exército na Tailândia

O objetivo é ter apoio para forçar a queda da primeira-ministra e a substituição do governo por um "conselho popular" não eleito

Soldados tailandeses carregam sacos de gelo enquanto passam por um caminhão de polícia destruído próximo à Casa do Governo, onde aconteceram protestos antigovernamentais, em Bangcoc (REUTERS/Athit Perawongmetha)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 05h47.

Bangcoc - O movimento antigovernamental da Tailândia espera se reunir nesta quinta-feira com os máximos responsáveis do Exército para pedir seu apoio para forçar a queda da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e a substituição do governo por um "conselho popular" não eleito.

O líder da oposição , Suthep Thaugsuban, solicitou o encontro para expor a necessidade de fazer reformas políticas antes da realização, no dia 2 de fevereiro, das eleições antecipadas convocadas pela primeira-ministra na última segunda-feira, após mais de duas semanas de protestos.

Em comunicado, Suthep pediu leis justas e igualitárias, o fim da corrupção, das fraudes eleitorais e da compra de votos, além de acusar o governo "ilegítimo" de Yingluck de ser "o principal obstáculo para essas reformas".

"Daremos uma oportunidade para que os chefes de segurança esclareçam sua posição sobre as reformas e para que declarem se estão preparados e com vontade de se posicionar ao lado do povo", disse o líder antigovernamental.

O porta-voz do Exército, Winthai Suwari, garantiu ao jornal "Bangcoc Post" que os responsáveis das Forças Armadas se reunirão ao longo do dia para decidir se aceitam o encontro, uma possibilidade que foi rejeitada ontem à noite pelo chefe do Exército, o general Prayuth Chan-ocha.


Um grupo de manifestantes retirou a cerca de arame que protegia a Casa do Governo, após expirar o prazo dado pela polícia para que deixassem o complexo e cedessem sua custódia aos militares.

Dezenas de pessoas continuam acampadas nos arredores do recinto onde se encontra o escritório da primeira-ministra, que pediu o fim dos protestos e convocou eleições gerais antecipadas para o dia 2 de fevereiro do ano que vem.

Suthep, por outro lado, se nega a acabar com os protestos, insistiu em afirmar que o governo atual é inconstitucional e mantém sua "cruzada" contra o "regime de Thaksin".

Yingluck é irmã de Thaksin Shinawatra, que governou Tailândia entre 2001 e 2006, quando um golpe militar o derrubou após ser acusado de corrupção, nepotismo e de enfraquecer as instituições do Estado.

Desde então, seguidores e opositores do ex-mandatário que vive no exílio lutam pelo poder com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo da vez.

Yingluck entrou na política em 2011 e ganhou, com o partido de seu irmão, as eleições realizadas naquele ano. EFE

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Bangcoc - O movimento antigovernamental da Tailândia espera se reunir nesta quinta-feira com os máximos responsáveis do Exército para pedir seu apoio para forçar a queda da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e a substituição do governo por um "conselho popular" não eleito.

O líder da oposição , Suthep Thaugsuban, solicitou o encontro para expor a necessidade de fazer reformas políticas antes da realização, no dia 2 de fevereiro, das eleições antecipadas convocadas pela primeira-ministra na última segunda-feira, após mais de duas semanas de protestos.

Em comunicado, Suthep pediu leis justas e igualitárias, o fim da corrupção, das fraudes eleitorais e da compra de votos, além de acusar o governo "ilegítimo" de Yingluck de ser "o principal obstáculo para essas reformas".

"Daremos uma oportunidade para que os chefes de segurança esclareçam sua posição sobre as reformas e para que declarem se estão preparados e com vontade de se posicionar ao lado do povo", disse o líder antigovernamental.

O porta-voz do Exército, Winthai Suwari, garantiu ao jornal "Bangcoc Post" que os responsáveis das Forças Armadas se reunirão ao longo do dia para decidir se aceitam o encontro, uma possibilidade que foi rejeitada ontem à noite pelo chefe do Exército, o general Prayuth Chan-ocha.


Um grupo de manifestantes retirou a cerca de arame que protegia a Casa do Governo, após expirar o prazo dado pela polícia para que deixassem o complexo e cedessem sua custódia aos militares.

Dezenas de pessoas continuam acampadas nos arredores do recinto onde se encontra o escritório da primeira-ministra, que pediu o fim dos protestos e convocou eleições gerais antecipadas para o dia 2 de fevereiro do ano que vem.

Suthep, por outro lado, se nega a acabar com os protestos, insistiu em afirmar que o governo atual é inconstitucional e mantém sua "cruzada" contra o "regime de Thaksin".

Yingluck é irmã de Thaksin Shinawatra, que governou Tailândia entre 2001 e 2006, quando um golpe militar o derrubou após ser acusado de corrupção, nepotismo e de enfraquecer as instituições do Estado.

Desde então, seguidores e opositores do ex-mandatário que vive no exílio lutam pelo poder com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo da vez.

Yingluck entrou na política em 2011 e ganhou, com o partido de seu irmão, as eleições realizadas naquele ano. EFE

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