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Manafort é acusado de subornar europeus a favor da Rússia

Manafort supostamente usou "pelo menos quatro contas no exterior para transferir mais de 2 milhões de euros para pagar o grupo de ex-políticos"

Paul Manafort: ele pagou um grupo de "antigos políticos europeus de alta categoria" para tomar posições favoráveis à Ucrânia (Chip Somodevilla/Getty Images)

Paul Manafort: ele pagou um grupo de "antigos políticos europeus de alta categoria" para tomar posições favoráveis à Ucrânia (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 21h01.

Washington - Paul Manafort, o ex-chefe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi acusado na semana passada de pagar antigos políticos europeus para utilizar suas influências em nome de interesses pró-Rússia na Ucrânia.

As acusações apresentadas, que tiveram seu selo de confidencialidade retirado nesta sexta-feira, alegam que Manafort pagou um grupo de "antigos políticos europeus de alta categoria" para tomar posições favoráveis à Ucrânia.

Manafort supostamente usou "pelo menos quatro contas no exterior para transferir mais de 2 milhões de euros para pagar o grupo de ex-políticos", segundo os documentos judiciais.

O grupo de políticos, conhecido como "Hapsburg Group", também exerceu pressão em território americano, mas devia aparentar independência na sua análise, embora de fato fossem lobistas pagos de forma secreta por Manafort.

A acusação foi publicada poucas horas depois de o braço direito de Manafort, Rick Gates, chegar a um acordo com a equipe de Robert Mueller, o promotor especial que investiga a ingerência russa nos pleitos presidenciais de 2016, e se declarar culpado de dois dos crimes pelos quais é acusado, aceitando cooperar na investigação para obter uma redução de pena.

O segundo em comando da campanha de Trump aceitou a culpabilidade das acusações por conspiração contra os Estados Unidos e falso testemunho às autoridades.

Gates, de 45 anos, inicialmente se declarou inocente das acusações que pesavam contra ele desde outubro do ano passado, incluindo as de lavagem de dinheiro, enquanto nesta quinta-feira lhe foram imputadas outras 32 acusações vinculadas à fraude bancária.

Em um comunicado emitido depois da mudança de declaração de Gates, Manafort disse: "Sigo mantendo minha inocência".

"Esperava que meu colega de negócios tivesse a força para continuar a batalha para demonstrar nossa inocência. Por razões ainda por esclarecer, escolheu fazê-lo de outra maneira. Isto não altera meu compromisso de defender-me contra as falsas acusações acumuladas contra mim", destacou Manafort.

Gates ganha assim um papel fundamental nas investigações sobre a trama russa por poder fornecer informação ao escritório de Mueller sobre o envolvimento de Manafort ou outros assessores de campanha de Trump na suposta ingerência do Kremlin nos pleitos presidenciais de 2016.

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