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"Estamos em combate": Maduro convoca militares contra "golpe"

Repetindo o slogan "sempre leal, traidores nunca", Nicolás Maduro assinalou que pressão dos Estados Unidos e Juan Guaidó não o fará recuar

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Miraflores Palace/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Miraflores Palace/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de maio de 2019 às 10h37.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 12h02.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira, 2, às Forças Armadas que lutem contra "qualquer golpista", após uma tentativa de derrubada do poder fracassada liderada pelo líder da oposição Juan Guaidó.

"Sim, estamos em combate, moral máxima nessa luta para desarmar qualquer traidor, qualquer golpista", disse Maduro em ato com milhares de soldados, transmitidos de maneira obrigatória por todas as estações de rádio e televisão, em que o alto-comando militar reiterou sua lealdade.

Repetindo o slogan "sempre leal, traidores nunca", o presidente assinalou que não deve haver medo frente a obrigação de desarmar as conspirações da oposição e os Estados Unidos.

"A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) deve se mostrar cada vez mais subordinada ao comando, cada vez mais obediente, disciplinada (...), cada vez mais socialista, anti-imperialista, cada vez mais chavista", disse o presidente para centenas de oficiais em Caracas.

"Ninguém pode ter medo, é hora de defender o direito à paz", disse ele na cerimônia em que - segundo o governo - 4.500 soldados estavam presentes a chamado de Maduro vem após o levante na terça-feira por um pequeno grupo de soldados sob a liderança de Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

"A hora de lutar chegou, chegou o momento de dar um exemplo para a história e para o mundo e dizer que na Venezuela há uma Força Armada leal, coesa, unida como nunca antes derrotando tentativas de golpe de traidores que se venderam aos dólares de Washington", enfatizou Maduro.

O ministro de Defesa, Vladimir Padrino, presente no ato, criticou opositores de Maduro que "querem comprar oficiais" para gerar confrontos entre militares.

"Uma oferta enganosa, estúpida, ridícula (...). Todas essas ofertas que andam fazendo, da boca para fora (...), buscam desestabilizar o governo", disse Padrino.

Por sua vez, o número dois da FANB, Remigio Ceballos, reiterou que os militares são obrigados a serem fiéis a Maduro, que é reconhecido como comandante-em-chefe.

"Não para ser leal a uma corja de vagabundos mercenários políticos que enfrentam o Estado venezuelano (...). Pela violência, ninguém vai obter o poder na Venezuela, não vamos permitir", disse Ceballos.

Ele ratificou o apoio da instituição militar a Maduro e repudiou o pedido de desobediência ao líder chavista feita por Guaidó, "um idiota que se passa por presidente", exclamou.

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