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Maduro bloqueia rede social X na Venezuela por 10 dias e acusa Musk de incitação ao ódio e fascismo

Presidente disse que o bilionário violou 'todas as normas' de sua própria rede, e que é necessário 'derrotar o golpe de Estado cibernético'

(COMBO) This combination of pictures created on July 31, 2024, shows X (formerly Twitter) CEO Elon Musk leaving a US Senate bipartisan Artificial Intelligence (AI) Insight Forum at the US Capitol in Washington, DC, on September 13, 2023, and Venezuelan President Nicolas Maduro gesturing during a press conference with the international media following the presidential election at Miraflores Presidential Palace in Caracas on July 31, 2024. Venezuelan President Nicolas Maduro, whose claim to victory at the polls on July 28, 2024, has been widely contested, is no friend of billionaire Elon Musk, and the feeling is clearly mutual, but their war of words has escalated amid the political crisis in Caracas. (Photo by Mandel NGAN and Federico PARRA / AFP) (AFP)

(COMBO) This combination of pictures created on July 31, 2024, shows X (formerly Twitter) CEO Elon Musk leaving a US Senate bipartisan Artificial Intelligence (AI) Insight Forum at the US Capitol in Washington, DC, on September 13, 2023, and Venezuelan President Nicolas Maduro gesturing during a press conference with the international media following the presidential election at Miraflores Presidential Palace in Caracas on July 31, 2024. Venezuelan President Nicolas Maduro, whose claim to victory at the polls on July 28, 2024, has been widely contested, is no friend of billionaire Elon Musk, and the feeling is clearly mutual, but their war of words has escalated amid the political crisis in Caracas. (Photo by Mandel NGAN and Federico PARRA / AFP) (AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 9 de agosto de 2024 às 06h59.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou a suspensão da rede social X por 10 dias no país, após acusar seu proprietário, Elon Musk, de incitação ao ódio e ao fascismo em meio a um "ataque" contra sua reeleição, questionada dentro e fora do país.

"Assinei um memorando com a proposta feita pela Conatel (órgão responsável pelas telecomunicações), para retirar a rede social X, antes conhecida como Twitter, por 10 dias de circulação na Venezuela", declarou Maduro na quinta-feira, 8, durante um ato no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. "Fora X por 10 dias da Venezuela! Fora Elon Musk!".

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O mandatário, que acusou o bilionário de violar "todas as normas" de sua própria rede social, "incitando ao ódio e ao fascismo", afirmou que durante esse período será estabelecida a "medida administrativa definitiva" para o funcionamento dessa rede social no país.

"Temos que derrotar o golpe de Estado cibernético", insistiu, referindo-se aos supostos ataques que ele sofre nas redes sociais.

O presidente foi proclamado vencedor das eleições de 28 de julho com 51,2% dos votos, superando
Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória, denuncia fraude e afirma ter provas que confirmam suas acusações. Seu governo é alvo de intensa pressão interna e internacional — inclusive de países com quem tem relações, como Brasil, Colômbia e México —para divulgar as atas de votação, que segundo a oposição comprovam que ele foi derrotado por González.

A decisão de bloquear o X por 10 dias é mais um capítulo de um duelo pessoal entre Maduro e Musk.

O presidente afirma que as redes sociais estão sendo usadas para atacar sua reeleição, pois nelas têm circulado, especialmente no X, hashtags que denunciam "fraude" e pedem uma "VenezuelaLivre", assim como "AtéOFim", mantra da líder opositora María Corina Machado, que não pôde se candidatar devido a uma inabilitação.

"Agora nós os bloqueamos... algum dia, mais cedo ou mais tarde, nascerão as novas redes sociais venezuelanas e nos libertaremos dessa gente", apontou.

Maduro e seu governo são usuários frequentes do X, e anunciam através dessa rede social desde assuntos cotidianos até mudanças no gabinete e reações internacionais, além de fazerem transmissões ao vivo de comícios e eventos oficiais. O canal estatal VTV, de fato, informou a decisão do presidente pelo X.

Na semana passada, depois de Musk citar uma publicação do presidente da Argentina, Javier Milei, na qual o mandatário afirmava que que seu país "não reconheceria outra fraude", o bilionário sul-africano também chamou o processo eleitoral venezuelano de fraudulento. Maduro, por sua vez, propôs uma forma nada diplomática para resolver as diferenças.

"Você quer lutar? Vamos lá. Elon Musk, estou pronto", disse Maduro, na segunda-feira passada, durante um discurso, chamando o dono do X de "assassino". "Não tenho medo de você, Elon Musk. Vamos lutar".

Musk, que chegou a cogitar uma luta com o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, aceitou o duelo.

"Se eu vencer, ele renuncia como ditador da Venezuela. Se ele ganhar, dou uma viagem de graça para Marte", disse no X, na quarta-feira passada.

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