Mundo

Lista negra de direitos humanos inclui Colômbia e Cuba

Para a CIDH, este países devem melhorar urgentemente seu respeito aos direitos humanos

Cuba entrou na lista por restrições aos direitos políticos, de associação, à liberdade de expressão e de movimento, a ausência de eleições e à falta de independência do Judiciário (AFP)

Cuba entrou na lista por restrições aos direitos políticos, de associação, à liberdade de expressão e de movimento, a ausência de eleições e à falta de independência do Judiciário (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 18h57.

Washington - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou nesta segunda-feira seu relatório anual e criticou principalmente a situação na Venezuela, Colômbia, Cuba e Honduras.

A lista negra da organização não apresenta mudanças em relação ao ano passado. Para a CIDH, este países devem melhorar urgentemente seu respeito aos direitos humanos.

O presidente rotativo da comissão, o mexicano José de Jesús Orozco Henríquez, apresentou hoje o relatório relativo a 2011, que entre outras questões chamou a atenção para os países do continente americano que devem aprimorar sua defesa dos direitos humanos.

Os quatro países que integram a lista são os mesmos que a CIDH mencionou no documento de 2010, segundo texto apresentado por Orozco na Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos (CAJP) da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A Venezuela aparece na lista por "situações estruturais" como as modificações normativas "que afetam os direitos humanos", entre elas a Lei Habilitante, decreto que concede plenos poderes ao presidente durante 18 meses.

Além disso, Orozco citou a "fragilidade do Poder Judiciário e sua falta de independência e imparcialidade" e o "uso abusivo do direito penal" para obstaculizar o trabalho dos ativistas.

Em relação à Colômbia, a comissão demonstrou preocupação com os "redutos não desmobilizados das estruturas paramilitares" e a consolidação de novos grupos armados. Além disso, a CIDH apontou as execuções extrajudiciais realizadas "supostamente por membros da polícia" e a falta de condenações para esses fatos.

Orozco também comentou o "grave problema do deslocamento interno" de pessoas no país e elogiou a aprovação, em junho de 2011, da Lei de Vítimas e Restituição de Terras. Mas ao mesmo tempo assinalou a necessidade da implementação de mais medidas que fomentem a "restituição efetiva de terras" por causa da persistência da violência.

Cuba, por sua parte, entrou na lista devido às restrições aos direitos políticos, de associação, à liberdade de expressão e de movimento, a ausência de eleições e à falta de independência do Poder Judiciário.

Entre outras medidas, a CIDH pede que o país declare nulas as penas contra os dissidentes condenados na chamada "Primavera Negra" de 2003 e defende a eliminação de seu Código Penal das figuras da "periculosidade" e da "especial inclinação de uma pessoa para cometer delitos".

Honduras, incluída pela primeira vez na lista em 2009, continua citada por causa de insistentes violações em matéria de "justiça, segurança e discriminação", segundo o texto da comissão. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaCubaDireitosVenezuela

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil