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Light deve desligar 170 mil clientes inadimplentes

Segundo o presidente da empresa, Paulo Roberto Pinto, já foram desligados 160 mil clientes, a maioria em março e início de abril


	Estação de distribuição elétrica da Light: suspensão de clientes irregulares
 (Junius/Wikimedia Commons)

Estação de distribuição elétrica da Light: suspensão de clientes irregulares (Junius/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 18h23.

São Paulo - A Light deverá desligar um total de 170 mil clientes inadimplentes de sua base, segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores, João Batista Zolini, em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.

Segundo o presidente da empresa, Paulo Roberto Pinto, já foram desligados 160 mil clientes, a maioria em março e início de abril.

"Do ponto de vista da exclusão de clientes, já temos algo em torno de 160 mil clientes excluídos, e há redução da PDD (Provisão para Devedores Duvidosos)", disse Pinto na teleconferência.

Por outro lado, Zolini lembrou que essa ação da empresa tem feito o indicador de perdas de energia subir. Em junho, o índice foi de 42,3 por cento, ante 41,3 por cento em março.

"O efeito da supensão de 160 mil clientes tem impulsionado esse indicador para cima, já que ele foi deletado da nossa base de cliente e passou a ser considerado como perda", disse.

"A primeira estimativa era de um aumento no indicador (de perdas) da ordem de 2,8 ponto percentual, com o impacto de 150 mil clientes desligados, agora devemos encerrar com 170 mil e não temos o número de qual seria o impacto no nosso indicador".


Perdas de energia -  Paulo Roberto, que assumiu a presidência da Light na semana passada, no lugar de Jerson Kelman, afirmou que manterá o compromisso da empresa de diminuir as perdas de energia.

"Hoje tivemos uma reunião com o secretário de Segurança do Estado (do Rio de Janeiro) e estamos fazendo um balanço de todos os trabalhos nas comunidades e vamos continuar avançando. O trabalho que a diretoria anteiror começou terá continuidade", disse.

Segundo ele, já há 15 mil medidores instalados nas comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Revisão -  O diretor financeiro afirmou que a revisão tarifária da empresa, prevista para 2013 deverá ocasionar em uma queda nos investimentos na área de distribuição no próximo ano.

"No próximo ano temos a revisão tarifaria, portanto no ano de 2013 vamos ter recuo nos investimentos na distribuidora, que tem sido muito grande desde o ano passado", disse.

Apenas no primeiro semestre deste ano, os investimentos nesse segmento totalizaram 302,3 milhões de reais.

Ainda assim, Zolini ressaltou que a perspectiva de geração de caixa, combate a perdas e inadimplência tornam a situação da empresa "tranquila".

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