Líder de extrema esquerda da Espanha é confirmado vice-presidente
A Espanha terá quatro vice-presidências e esta será a primeira vez que três mulheres ocuparão este cargo
EFE
Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 10h51.
Última atualização em 9 de janeiro de 2020 às 12h22.
O líder do partido de esquerda radical Podemos, Pablo Iglesias, foi confirmado oficialmente, nesta quinta-feira (9), como um dos quatro vice-presidentes do futuro governo espanhol de Pedro Sánchez.
O próximo governo de coalizão da Espanha terá quatro vice-presidências, três delas ocupadas por mulheres, sendo uma dedicada à Transição Ecológica, decisão com a qual o novo gabinete confirma o compromisso contra a crise climática.
Teresa Ribera, até então responsável pelo ministério de mesmo nome, estará à frente dessa vice-presidência e também ficará encarregada de colocar em prática as medidas para combater o despovoamento que afeta mais da metade do território espanhol.
Os progressos e os vazamentos já tinham deixado claro que o governo que o socialista Pedro Sánchez anunciará na próxima semana teria quatro vice-presidências.
Já era sabido que Carmen Calvo, a atual vice-presidente, manteria o cargo para assuntos políticos, enquanto Nadia Calviño ocuparia outra posição semelhante, focada no controle das políticas econômicas do governo, incluindo a transição para a economia digital.
Pablo Iglesias, líder do esquerdista Unidas Podemos, parceiro da coalizão governamental liderada por Sánchez, terá a vice-presidência de Direitos Sociais e a Agenda 2030, que busca implementar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Esta será a primeira vez que a Espanha terá quatro vice-presidências e também a primeira vez que três mulheres ocuparão este cargo.
O governo também confirmou nesta quinta-feira os nomes dos ministros do Unidas Podemos, embora já tivessem sido previamente divulgados por essa formação.
A até então porta-voz no Congresso, Irene Montero, casada e mãe dos três filhos de Iglesias, será a nova ministra da Igualdade, enquanto Yolanda Díaz chefiará o Ministério do Trabalho.
O comunista Alberto Garzón, líder da Esquerda Unida, que integrada ao Unidas Podemos, comandará o recém-criado Ministério do Consumo, que também terá jurisdição sobre os jogos de azar. Já o renomado sociólogo Manuel Castells será o encarregado do novo Ministério das Universidades.
O resto dos nomes que farão parte do novo governo deve ser oficialmente anunciado por Sánchez na semana que vem.
Durante a campanha eleitoral, o Partido Socialista anunciou que outros ministros do último mandato, como José Luis Ábalos (Desenvolvimento); Fernando Grande-Marlaska (Interior); María Jesús Montero (Fazenda) e Margarita Robles (Defesa) permaneceriam nos cargos.