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Líder das Avós da Praça de Maio pede que papa peça perdão

A organização apelou para que o novo líder da Igreja Católica admita o papel da Igreja durante a ditadura militar argentina

Bandeira da Argentina na frente da Basílica de São Pedro: "Participaram, foram cúmplices e ocultadores, direta ou indiretamente", explicou uma militante sobre a relação da Igreja e ditadura. (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 17h17.

Buenos Aires - A presidente organização de direitos humanos Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, deu um "voto de confiança" ao papa Francisco , mas não deixou de apelar para que o novo líder da Igreja Católica admita o papel da instituição durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

"Participaram, foram cúmplices e ocultadores, direta ou indiretamente" durante o período, explicou a militante à "Radio Milenium".

"É uma história muito triste que mancha toda a hierarquia da Igreja Católica argentina, que até agora não fez nem um "mea culpa" nem deu qualquer passo para colaborar com a memória, a verdade e a justiça", completou.

O ex-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, segundo De Carlotto "pertence a essa igreja, manchada por essa história em nosso país, algo que não ocorreu no Chile ou no Brasil", lembrou a presidente da organização.

"Nos sentimos muito desamparadas pela hierarquia da Igreja", disse a militante. De Carlotto reconheceu que Bergoglio "ajudou em muitos temas, mas nunca falou nem se aproximou das Avós para nos ajudar".

De Carletto lembrou que o agora papa foi citado em juízo como testemunha em crimes cometidos durante a ditadura, mas garantiu, mas preferiu não entrar nessa discussão. "Nos comprometemos a dar um voto de confiança nessa nova missão, que ele começou com muita humildade", garantiu.

Nesta sexta-feira, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que as críticas surgidas na imprensa argentina e internacional contra o papa, referentes ao período da ditadura no país sul-americano, são oriundas de "uma esquerda anticlerical", tem como objetivo "atacar a Igreja" mas "são rechaçadas com firmeza".

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"Participaram, foram cúmplices e ocultadores, direta ou indiretamente" durante o período, explicou a militante à "Radio Milenium".

"É uma história muito triste que mancha toda a hierarquia da Igreja Católica argentina, que até agora não fez nem um "mea culpa" nem deu qualquer passo para colaborar com a memória, a verdade e a justiça", completou.

O ex-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, segundo De Carlotto "pertence a essa igreja, manchada por essa história em nosso país, algo que não ocorreu no Chile ou no Brasil", lembrou a presidente da organização.

"Nos sentimos muito desamparadas pela hierarquia da Igreja", disse a militante. De Carlotto reconheceu que Bergoglio "ajudou em muitos temas, mas nunca falou nem se aproximou das Avós para nos ajudar".

De Carletto lembrou que o agora papa foi citado em juízo como testemunha em crimes cometidos durante a ditadura, mas garantiu, mas preferiu não entrar nessa discussão. "Nos comprometemos a dar um voto de confiança nessa nova missão, que ele começou com muita humildade", garantiu.

Nesta sexta-feira, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que as críticas surgidas na imprensa argentina e internacional contra o papa, referentes ao período da ditadura no país sul-americano, são oriundas de "uma esquerda anticlerical", tem como objetivo "atacar a Igreja" mas "são rechaçadas com firmeza".

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