Líbia: rebeldes querem representar país na OPEP
Oposição quer aproveitar o enfraquecimento das forças de Kadafi para aumentar seu reconhecimento internacional
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2011 às 13h53.
Trípoli - O regime líbio de Muammar Kadafi parecia enfraquecido nesta quarta-feira, enquanto a Otan prosseguia com os bombardeios e os rebeldes tentavam se tornar os representantes da Líbia na Opep.
Um porta-voz dos rebeldes disse na quarta-feira à AFP que o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião, quer representar a Líbia na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 8 de junho em Viena.
"Queremos participar da reunião, (...) mas ainda não sabemos se a Opep vai nos convidar", declarou o dirigente rebelde responsável pelas informações, Mahmud Shamam, no momento em que os rebeldes buscam o reconhecimento da CNT como o único representante legítimo da Líbia.
Líbia, país membro da Opep, exporta 1,49 milhão de barris de petróleo por dia, a maior parte (85%) para a Europa, de acordo com a Agência Internacioanl de Energia. No entanto a produção líbia diminuiu muito desde o começo da rebelião, em meados de fevereiro.
Os rebeldes, que controlam o leste do país, afirmaram no começo de maio que não tinham planejado retomar as exprotações de petróleo e que, por enquanto, consideravam que o mais importantes é proteger as instalações petroleiras.
Shamam disse ainda que o ministro do petróleo, Chukri Ghanem, estava em sua casa, em Viena, sem confirmar sua deserção. Se for assim, ele terá que "anunciar publicamente que vai se unir à rebelião".
Ghanem, um alto dirigente do regime, deixou a Líbia no domingo e viajou para Tunísia, segundo o governo tunisiano. Na terça-feira, viajou para outro lugar ainda não desconhecido pelas autoridades.
Se sua deserção for confirmada, demonstrará o "enfraquecimento do círculo dos homens de confiança de Kadafi", afirmou o ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé.
No entanto, o regime já conseguiu sobreviver com várias faltas importantes, em particular a do ministro Musa Kusa, que foi para a Grã Bretanha 10 dias após o início dos bombardeios da coalizão internacional.
O ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, disse na terça-feira que 80% dos aviões da Força Aérea Líbia já não podem funcionar e que o exército de Kadafi "sofreu fortes baixas" desde o início dos bombardeios da coalizão, no dia 19 de março.
Estes ataques da Otan ocorrem quase diariamente. Na terça-feira, deixaram em chamas a sede dos serviços de segurança interior e o ministério da Inspeção e Controle Popular, o organismo encarregado da luta contra a corrupção.
Os dois edifícios ficam em um bairro residencial e comercial no centro de Trípoli, próximo da casa de Kadafi.
A Rússia, que mantém relações formais com o regime líbio, pediu aos emissários de Kadafi, durante uma visita à Moscou na terça-feira, que apliquem a resolução do Conselho de Segurança da ONU.
"Nós levantamos as questões que refletem a nossa posição (...) com o princípio de que parem com o derramamento de sangue na Líbia o mais rápido possível", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
Trípoli - O regime líbio de Muammar Kadafi parecia enfraquecido nesta quarta-feira, enquanto a Otan prosseguia com os bombardeios e os rebeldes tentavam se tornar os representantes da Líbia na Opep.
Um porta-voz dos rebeldes disse na quarta-feira à AFP que o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião, quer representar a Líbia na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 8 de junho em Viena.
"Queremos participar da reunião, (...) mas ainda não sabemos se a Opep vai nos convidar", declarou o dirigente rebelde responsável pelas informações, Mahmud Shamam, no momento em que os rebeldes buscam o reconhecimento da CNT como o único representante legítimo da Líbia.
Líbia, país membro da Opep, exporta 1,49 milhão de barris de petróleo por dia, a maior parte (85%) para a Europa, de acordo com a Agência Internacioanl de Energia. No entanto a produção líbia diminuiu muito desde o começo da rebelião, em meados de fevereiro.
Os rebeldes, que controlam o leste do país, afirmaram no começo de maio que não tinham planejado retomar as exprotações de petróleo e que, por enquanto, consideravam que o mais importantes é proteger as instalações petroleiras.
Shamam disse ainda que o ministro do petróleo, Chukri Ghanem, estava em sua casa, em Viena, sem confirmar sua deserção. Se for assim, ele terá que "anunciar publicamente que vai se unir à rebelião".
Ghanem, um alto dirigente do regime, deixou a Líbia no domingo e viajou para Tunísia, segundo o governo tunisiano. Na terça-feira, viajou para outro lugar ainda não desconhecido pelas autoridades.
Se sua deserção for confirmada, demonstrará o "enfraquecimento do círculo dos homens de confiança de Kadafi", afirmou o ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé.
No entanto, o regime já conseguiu sobreviver com várias faltas importantes, em particular a do ministro Musa Kusa, que foi para a Grã Bretanha 10 dias após o início dos bombardeios da coalizão internacional.
O ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, disse na terça-feira que 80% dos aviões da Força Aérea Líbia já não podem funcionar e que o exército de Kadafi "sofreu fortes baixas" desde o início dos bombardeios da coalizão, no dia 19 de março.
Estes ataques da Otan ocorrem quase diariamente. Na terça-feira, deixaram em chamas a sede dos serviços de segurança interior e o ministério da Inspeção e Controle Popular, o organismo encarregado da luta contra a corrupção.
Os dois edifícios ficam em um bairro residencial e comercial no centro de Trípoli, próximo da casa de Kadafi.
A Rússia, que mantém relações formais com o regime líbio, pediu aos emissários de Kadafi, durante uma visita à Moscou na terça-feira, que apliquem a resolução do Conselho de Segurança da ONU.
"Nós levantamos as questões que refletem a nossa posição (...) com o princípio de que parem com o derramamento de sangue na Líbia o mais rápido possível", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.