Profissionais de saúde desenterram os caixões de pessoas mortas na guerra do Hezbollah e de Israel e enterradas em uma vala comum na cidade de Tiro, no sul do Líbano, em 2 de dezembro de 2024, antes de movê-los para serem enterrados novamente em suas aldeias ( Mahmoud ZAYYAT/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 12h01.
Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 12h10.
O presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, pediu nesta segunda-feira, 2, à comissão encarregada de supervisionar a aplicação do cessar-fogo no Líbano, que entrou em vigor na última quarta, que cumpra "seus deveres" e obrigue Israel a não ultrapassar os pontos de trégua, depois de registrar 54 violações.
“Pedimos ao comitê técnico que foi formado para supervisionar a implementação deste acordo que nos informe de onde vêm estas violações, que ultrapassaram 54, enquanto o Líbano e a resistência estão totalmente comprometidos com o que prometeram”, disse Berri em um comunicado.
Drone israelense mata integrante das forças de segurança do Líbano apesar da tréguaO comitê, liderado pelos Estados Unidos, “é chamado a cumprir urgentemente seus deveres e a forçar Israel a pôr fim às suas violações e a retirar-se dos territórios que ocupa antes de qualquer coisa”.
As “ações agressivas realizadas pelas forças de ocupação israelenses constituem uma violação flagrante dos termos do acordo de cessar-fogo”, observa a nota.
As últimas violações ocorreram hoje em Hosh Al Sayyed Ali, em Hermel, no leste do país, e em Markhayun, no sul, disse Berri.
"Todas estas ações representam uma flagrante violação dos termos do acordo de cessar-fogo que foi anunciado exatamente às 4h (hora local), em 27 de novembro de 2024, e o Líbano anunciou seu compromisso com ele", reiterou.
Desde que a trégua entrou em vigor, ambos os lados se acusaram mutuamente de não cumprir o acordo.
Apesar desses incidentes, a frágil trégua permanece no Líbano, um acordo que pôs fim — pelo menos temporariamente — a mais de um ano de hostilidades entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, cujos ataques causaram quase 4 mil mortes apenas em território libanês.