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Lavrov e Fabius discordam sobre autoria de ataque na Síria

Ministros das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e francês, Laurent Fabius, mantiveram divergências sobre a autoria do ataque químico realizado na Síria

Sergei Lavrov (d), e Laurent Fabius: sobre ataque químico, Rússia considera uma "provocação" e a França atribui ao regime de Bashar al-Assad (Maxim Shemetov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 08h55.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia , Sergei Lavrov, e da França , Laurent Fabius, mantiveram nesta terça-feira suas divergências sobre a autoria do ataque químico realizado em 21 de agosto nos arredores de Damasco (Síria), que a Rússia considera uma "provocação" e a França atribui ao regime de Bashar al-Assad .

"Consideramos que o relatório (da ONU) demonstra a responsabilidade do regime de Bashar al Assad no ataque químico de 21 de agosto", disse Fabius em entrevista coletiva concedida após seu encontro com o chanceler russo.

Fabius afirmou que o relatório apresentado ontem pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, claramente incrimina Damasco pelo ataque.

O chefe da diplomacia francesa disse que os dados de inteligência obtidos por seu país confirmam que o regime sírio é culpado pelo uso de armas químicas contra a população civil.

O chanceler russo, no entanto, assegurou que Moscou dispõe de dados suficientes sobre o ataque perpetrado em Al Guta, subúrbio de Damasco, que demonstram que a ação foi uma "provocação", como defende o próprio Assad.

"Queremos que os fatos de 21 de agosto sejam investigados de maneira imparcial, objetiva e profissional", afirmou.

Lavrov ressaltou que alguns países ocidentais "declararam de maneira inapelável que só o regime poderia ter empregado armas químicas".

"Mas é preciso estabelecer a verdade e isso será um teste para o futuro trabalho do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou.


O ministro russo argumentou que existem duas vias para solucionar o problema: "apegar-se ao artigo 7 (da Carta das Nações Unidas, que permite sancionar os países) quando alguém denuncia que o regime ou a oposição empregaram armas químicas".

Neste caso, acrescentou, "prevaleceriam as emoções, o que é inaceitável na hora de tomar decisões".

"Ou nos basearemos nos profissionais que devem estudar exaustiva, imparcial e objetivamente cada episódio, cada informação dessa classe e apresentar ao Conselho de Segurança da ONU um quadro completo", defendeu.

Lavrov pediu também que sejam investigados as informações sobre o possível emprego de armas químicas no país árabe nos dias 22, 24 e 25 de agosto.

Por outro lado, ambos diplomatas concordaram sobre a necessidade de convocar com urgência Genebra-2 para frear o "derramamento de sangue" e formar um governo de transição que inclua representantes de toda a sociedade síria.

O secretário-geral da ONU assegurou ontem ao Conselho de Segurança que os inspetores do organismo confirmaram o uso de gás sarin no ataque de 21 de agosto na Síria, um "crime de guerra" pelo qual espera que os responsáveis sejam levados perante a justiça.

O ministro das Relações Exteriores francês se reuniu ontem em Paris com seus colegas americano, John Kerry, e britânico, William Hague, para analisar a situação na Síria.

"Se a diplomacia fracassar, a opção militar segue em cima da mesa", resumiu Kerry sobre o encontro.

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Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia , Sergei Lavrov, e da França , Laurent Fabius, mantiveram nesta terça-feira suas divergências sobre a autoria do ataque químico realizado em 21 de agosto nos arredores de Damasco (Síria), que a Rússia considera uma "provocação" e a França atribui ao regime de Bashar al-Assad .

"Consideramos que o relatório (da ONU) demonstra a responsabilidade do regime de Bashar al Assad no ataque químico de 21 de agosto", disse Fabius em entrevista coletiva concedida após seu encontro com o chanceler russo.

Fabius afirmou que o relatório apresentado ontem pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, claramente incrimina Damasco pelo ataque.

O chefe da diplomacia francesa disse que os dados de inteligência obtidos por seu país confirmam que o regime sírio é culpado pelo uso de armas químicas contra a população civil.

O chanceler russo, no entanto, assegurou que Moscou dispõe de dados suficientes sobre o ataque perpetrado em Al Guta, subúrbio de Damasco, que demonstram que a ação foi uma "provocação", como defende o próprio Assad.

"Queremos que os fatos de 21 de agosto sejam investigados de maneira imparcial, objetiva e profissional", afirmou.

Lavrov ressaltou que alguns países ocidentais "declararam de maneira inapelável que só o regime poderia ter empregado armas químicas".

"Mas é preciso estabelecer a verdade e isso será um teste para o futuro trabalho do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou.


O ministro russo argumentou que existem duas vias para solucionar o problema: "apegar-se ao artigo 7 (da Carta das Nações Unidas, que permite sancionar os países) quando alguém denuncia que o regime ou a oposição empregaram armas químicas".

Neste caso, acrescentou, "prevaleceriam as emoções, o que é inaceitável na hora de tomar decisões".

"Ou nos basearemos nos profissionais que devem estudar exaustiva, imparcial e objetivamente cada episódio, cada informação dessa classe e apresentar ao Conselho de Segurança da ONU um quadro completo", defendeu.

Lavrov pediu também que sejam investigados as informações sobre o possível emprego de armas químicas no país árabe nos dias 22, 24 e 25 de agosto.

Por outro lado, ambos diplomatas concordaram sobre a necessidade de convocar com urgência Genebra-2 para frear o "derramamento de sangue" e formar um governo de transição que inclua representantes de toda a sociedade síria.

O secretário-geral da ONU assegurou ontem ao Conselho de Segurança que os inspetores do organismo confirmaram o uso de gás sarin no ataque de 21 de agosto na Síria, um "crime de guerra" pelo qual espera que os responsáveis sejam levados perante a justiça.

O ministro das Relações Exteriores francês se reuniu ontem em Paris com seus colegas americano, John Kerry, e britânico, William Hague, para analisar a situação na Síria.

"Se a diplomacia fracassar, a opção militar segue em cima da mesa", resumiu Kerry sobre o encontro.

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