Supermercado saqueado: protestos policiais começaram no último dia 3, onde dezenas de pessoas aproveitaram a ausência de policiais nas ruas para saquear lojas (Irma Montiel/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 15h23.
Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner, resolveu nesta sexta-feira recompensar economicamente as forças de segurança federais, em reconhecimento a seu trabalho para restabelecer a ordem após os violentos saques registrados nos últimos dias durante greves de policiais provinciais.
O "reconhecimento econômico e financeiro", cujas características não foram informadas, foi anunciado nesta sexta-feira em entrevista coletiva do chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, que voltou a criticar as medidas de força adotadas pelos corpos policiais de 20 províncias.
Nas únicas três províncias onde ainda persistiam as reivindicações salariais, Salta, La Pampa e Mendoza, o conflito cedeu hoje depois que os policiais aceitassem os aumentos definidos pelos governos locais.
Os protestos policiais começaram no último dia 3 de dezembro na cidade de Córdoba, onde dezenas de pessoas aproveitaram a ausência de policiais nas ruas para saquear lojas, e nos dias posteriores se replicaram em outras províncias, com fatos violentos que deixaram como saldo 11 mortos.
Os aumentos conseguidos pelos policiais provinciais em diferentes pontos do país chegam em alguns casos a 50%.
Sobre a compensação econômica às forças federais, que não se somaram às exigências, Capitanich não esclareceu se constitui um aumento salarial ou um bônus.
Só antecipou que os detalhes serão conhecidos na próxima semana, quando o decreto presidencial for publicado no Diário Oficial.
Capitanich, disse que o "reconhecimento" será para aquelas forças de segurança federais que cumpriram seu dever com "vocação de serviço" e "esforço".
Apesar da segurança em cada província estar a cargo das forças policiais de dito distrito, perante a virulência dos saques, o governo nacional, por requerimento dos governos provinciais, dispôs o envio de milhares de soldados federais para tentar restabelecer a ordem.