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Kerry pede reforma política no Iraque

Secretário de Estado dos EUA pediu aos principais líderes xiitas do Iraque que deem mais poder para adversários políticos

John Kerry embarca em um avião em Amã, após uma passagem pelo Iraque (Brendan Smialowski/Reuters)

John Kerry embarca em um avião em Amã, após uma passagem pelo Iraque (Brendan Smialowski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 10h11.

Bagdá - O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu nesta segunda-feira aos principais líderes xiitas do Iraque que deem mais poder para adversários políticos antes que a insurgência sunita tome controle das maiores áreas do país e varra as esperanças de uma paz duradoura.

A reunião em portas fechadas entre Kerry e o premiê do Iraque, Nouri al-Maliki, não era esperada de ser amigável uma vez que autoridades em Washington têm sugerido que o primeiro-ministro renuncie como passo necessário para conter a revolta no norte do país.

Apesar do clima pouco amigável, Kerry pareceu incentivado após a conversa com al-Maliki, que durou por pouco mais de 90 minutos e foi realizada no mesmo lugar onde um jornalista iraquiano atirou um sapato contra o ex-presidente George W. Bush em 2008.

Caminhando com a sua comitiva após a reunião, Kerry disse que "o encontro foi bom". Ele estava sendo escoltado pelo ministro iraquiano de Relações Exteriores, Hoshyar Zebari. Kerry também se reuniu com o influente clérigo xiita, Ammar al-Hakim, com o presidente do parlamento, Osama al-Nujaifi, e o vice-primeiro-ministro, Saleh al-Mutlaq, os dois últimos sunitas.

Autoridades iraquianas informaram que o premiê al-Maliki pediu aos EUA que ataquem as posições militantes no Iraque e na Síria. As autoridades disseram que Kerry respondeu dizendo que deve se ter cautela antes que comecem uma contraofensiva que poderia causar uma série de vítimas civis.

Mais cedo, entrevista a uma TV, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que al-Maliki e o governo iraquiano enfrentam um teste para saber se "eles são capazes de deixar de lado suas diferenças sectárias para o bem de toda a população".

"E nós não sabemos", disse o presidente. "A única coisa que eu sei é que se eles não conseguirem fazer isso, não há ação militar dos EUA que consiga manter o país junto."

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