Kerry mantém expectativa de cessar-fogo na Síria
"Tivemos uma discussão muito honesta com russos e iranianos sobre como podemos exatamente chegar ao acordo", disse o secretário de Estado dos EUA
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2016 às 16h36.
Londres — O secretário de Estado dos EUA , John Kerry, afirmou neste domingo, depois de se reunir com os ministros das Relações Exteriores de países europeus em Londres, que ainda acredita em um novo acordo para o cessar-fogo na Síria nesta semana.
"Há trabalho a fazer nos próximos dois que poderia levar, pelo menos assim esperamos, a abrir as portas para um novo cessar-fogo. Mas será difícil", disse Kerry em entrevista coletiva conjunta com o chanceler do Reino Unido, Boris Johnson.
O chefe da diplomacia britânica afirmou que foram discutidas na reunião uma "longa lista de ideias" para manter a pressão sobre Irã e Rússia, países que apoiam o regime do presidente da Síria, Bashar al Assad. Na relação, segundo ele, constavam "propostas econômicas".
Kerry se encontrou em Londres com Johnson e os ministros das Relações Exteriores de França e Itália depois da reunião ontem em Lausanne, na Suíça, com os chanceleres da Rússia e das principais potênciais regionais envolvidas no conflito sírio. No entanto, não houve acordo para deter a violência em Aleppo.
"Tivemos uma discussão muito honesta com russos e iranianos sobre como podemos exatamente chegar ao acordo. Minha missão é esgotar todas as possibilidades para uma solução pacífica", disse Kerry.
Apesar disso, Kerry afirmou que os bombardeios realizados em Aleppo nas últimas semanas só podem ser descritos como crimes contra a humanidade e acusou a Rússia de ter se envolvido na guerra com o único propósito de proteger Assad. O Kremlin nega a versão e diz que entrou no conflito para "lutar contra o terrorismo".
"Cerca de 80% ou 85% dos bombardeios russos foram contra a oposição moderada, não contra os extremistas. É urgente chegar à mesa de negociações e buscar a solução política que, segundo eles, é a única forma de encerrar essa batalha", disse Kerry.
"Isso poderia acabar amanhã mesmo se a Rússia e o regime de Assad aceitassem se comportar de acordo com qualquer norma ou padrão de decência, mas eles decidiram não fazê-lo", lamentou Kerry.
Apesar de Johnson ter dito nesta semana que "opções militares" estão sendo consideradas para pôr fim à violência em Aleppo, tanto o diplomata britânico como o norte-americano descartaram o extremo.
"Não vi um grande apetite nos países europeus para enviar as pessoas à guerra. Não vejo os parlamentos dos países europeus prontos para declarar guerra", disse Kerry. EFE
Londres — O secretário de Estado dos EUA , John Kerry, afirmou neste domingo, depois de se reunir com os ministros das Relações Exteriores de países europeus em Londres, que ainda acredita em um novo acordo para o cessar-fogo na Síria nesta semana.
"Há trabalho a fazer nos próximos dois que poderia levar, pelo menos assim esperamos, a abrir as portas para um novo cessar-fogo. Mas será difícil", disse Kerry em entrevista coletiva conjunta com o chanceler do Reino Unido, Boris Johnson.
O chefe da diplomacia britânica afirmou que foram discutidas na reunião uma "longa lista de ideias" para manter a pressão sobre Irã e Rússia, países que apoiam o regime do presidente da Síria, Bashar al Assad. Na relação, segundo ele, constavam "propostas econômicas".
Kerry se encontrou em Londres com Johnson e os ministros das Relações Exteriores de França e Itália depois da reunião ontem em Lausanne, na Suíça, com os chanceleres da Rússia e das principais potênciais regionais envolvidas no conflito sírio. No entanto, não houve acordo para deter a violência em Aleppo.
"Tivemos uma discussão muito honesta com russos e iranianos sobre como podemos exatamente chegar ao acordo. Minha missão é esgotar todas as possibilidades para uma solução pacífica", disse Kerry.
Apesar disso, Kerry afirmou que os bombardeios realizados em Aleppo nas últimas semanas só podem ser descritos como crimes contra a humanidade e acusou a Rússia de ter se envolvido na guerra com o único propósito de proteger Assad. O Kremlin nega a versão e diz que entrou no conflito para "lutar contra o terrorismo".
"Cerca de 80% ou 85% dos bombardeios russos foram contra a oposição moderada, não contra os extremistas. É urgente chegar à mesa de negociações e buscar a solução política que, segundo eles, é a única forma de encerrar essa batalha", disse Kerry.
"Isso poderia acabar amanhã mesmo se a Rússia e o regime de Assad aceitassem se comportar de acordo com qualquer norma ou padrão de decência, mas eles decidiram não fazê-lo", lamentou Kerry.
Apesar de Johnson ter dito nesta semana que "opções militares" estão sendo consideradas para pôr fim à violência em Aleppo, tanto o diplomata britânico como o norte-americano descartaram o extremo.
"Não vi um grande apetite nos países europeus para enviar as pessoas à guerra. Não vejo os parlamentos dos países europeus prontos para declarar guerra", disse Kerry. EFE