Kerry encontrará Abbas em tentativa de retomar negociações
Secretário de Estado americano, John Kerry, vai se reunir com presidente palestino em novo esforço para retomada de negociações com Israel
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 09h28.
Ramala - O secretário de Estado americano, John Kerry , irá se reunir nesta sexta-feira em Ramala com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em um novo esforço para tentar retomar as negociações com Israel, informaram à Agência Efe fontes próximas à presidência palestina.
Kerry, que já se reuniu duas vezes com Abbas nesta semana em Amã, encontrou hoje na capital jordaniana o chefe negociador palestino, Saeb Erekat, que expôs as objeções palestinas a negociar com Israel enquanto as fronteiras de 1967 não forem aceitas como base para as conversas.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que tinha previsto deixar a região nesta tarde, encontrará com Abbas em Muqata, sede do governo palestino, disseram as fontes citadas.
Erekat disse a Kerry na Jordânia que os palestinos exigem que o governo israelense se comprometa por escrito a negociar sobre a base das fronteiras de 1967 ou pelo menos aceite os termos de referência dos contatos propostos pelos EUA nesse sentido.
Esta reivindicação é o principal obstáculo para que israelenses e palestinos possam negociar novamente após quase três anos.
Ontem, alguns meios de comunicação asseguraram que Israel tinha aceitado as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, como base para negociar, o que foi desmentido imediatamente por Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"Essa informação é falsa", assegurou Regev. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou na noite passada para o Netanyahu e pediu a "retomada das negociações com os palestinos o mais breve possível", segundo a Casa Branca.
Netanyahu enfrenta sérias resistências dentro de seu próprio governo para aceitar as fronteiras de 1967. O ministro da Economia israelense e líder do partido ultranacionalista Habayit Hayehudi, Naftali Bennett, disse ontem que sua legenda abandonará o primeiro-ministro se as negociações começarem tendo como base as fronteiras de 1967.
"Meu partido não fará parte, nem um só segundo, de um governo que concorde com negociações baseadas nas fronteiras de 1967", ameaçou Bennett.
Além disso, vários deputados do partido de Netanyahu, Likud, também se opõem a reconhecer essas fronteiras como a base de um futuro Estado palestino.
*Matéria atualizada às 09h28
Ramala - O secretário de Estado americano, John Kerry , irá se reunir nesta sexta-feira em Ramala com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em um novo esforço para tentar retomar as negociações com Israel, informaram à Agência Efe fontes próximas à presidência palestina.
Kerry, que já se reuniu duas vezes com Abbas nesta semana em Amã, encontrou hoje na capital jordaniana o chefe negociador palestino, Saeb Erekat, que expôs as objeções palestinas a negociar com Israel enquanto as fronteiras de 1967 não forem aceitas como base para as conversas.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que tinha previsto deixar a região nesta tarde, encontrará com Abbas em Muqata, sede do governo palestino, disseram as fontes citadas.
Erekat disse a Kerry na Jordânia que os palestinos exigem que o governo israelense se comprometa por escrito a negociar sobre a base das fronteiras de 1967 ou pelo menos aceite os termos de referência dos contatos propostos pelos EUA nesse sentido.
Esta reivindicação é o principal obstáculo para que israelenses e palestinos possam negociar novamente após quase três anos.
Ontem, alguns meios de comunicação asseguraram que Israel tinha aceitado as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, como base para negociar, o que foi desmentido imediatamente por Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"Essa informação é falsa", assegurou Regev. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou na noite passada para o Netanyahu e pediu a "retomada das negociações com os palestinos o mais breve possível", segundo a Casa Branca.
Netanyahu enfrenta sérias resistências dentro de seu próprio governo para aceitar as fronteiras de 1967. O ministro da Economia israelense e líder do partido ultranacionalista Habayit Hayehudi, Naftali Bennett, disse ontem que sua legenda abandonará o primeiro-ministro se as negociações começarem tendo como base as fronteiras de 1967.
"Meu partido não fará parte, nem um só segundo, de um governo que concorde com negociações baseadas nas fronteiras de 1967", ameaçou Bennett.
Além disso, vários deputados do partido de Netanyahu, Likud, também se opõem a reconhecer essas fronteiras como a base de um futuro Estado palestino.
*Matéria atualizada às 09h28