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Kadafi ameaça atacar aviões e navios no Mediterrâneo

Ditador avisou que todos os navios no canal serão alvos de ataque caso ocorra uma intervenção militar estrangeira na Líbia

Muammar Kadafi, ditador da Líbia: desafio de ataques no mar mediterrâneo (Jeff Zelevansky/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 16h16.

Argel - O Comitê de Defesa do regime líbio, equivalente a Ministério da Defesa, advertiu nesta quinta-feira que "qualquer ato militar" contra a Líbia "colocará em perigo as atividades aéreas e marítimas no Mediterrâneo", indica um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial "Jana".

Os navios e aviões que cruzarem o Mar Mediterrâneo, "sejam civis ou militares, serão alvo de ataque defensivo", ameaça a nota do regime de Trípoli.

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"Toda a bacia do Mediterrâneo estará exposta a um grave perigo não só a curto prazo, mas também a longo", disse a nota, além de ressaltar que "todo elemento civil ou militar será alvo de uma ofensiva líbia".

Estas ameaças do regime de Trípoli ocorrem enquanto o Conselho de Segurança da ONU se encontra reunido em Nova York para debater o possível estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, assim como outras medidas para evitar o bombardeio da população civil.

A resolução do Conselho neste sentido será votada hoje às 18h de Brasília, informou o porta-voz da Missão dos EUA perante a ONU, Patrick Ventrell.

O comitê geral da defesa líbia havia anunciado anteriormente que decidiu cessar suas operações militares contra "os grupos terroristas armados" a partir da meia-noite do próximo sábado, segundo a "Jana".

A agência oficial assegurou que o comitê tomou esta decisão para dar oportunidade aos "grupos terroristas armados" de "entregar as armas e se beneficiar da anistia geral" prometida por Muammar Kadafi há poucos dias.

A "Jana" não deu mais detalhes sobre os motivos que levaram o comitê a adotar essa medida e divulgou a informação em caráter urgente.

A decisão do regime de Kadafi de cessar as operações militares contra os rebeldes, que aumentaram nos últimos dias, responderia aos pedidos do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para um cessar-fogo imediato.

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