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Justiça ucraniana estuda flexibilizar detenção de Timoshenko

Justiça ucraniana começou a examinar o pedido da líder opositora detida Yulia Timoshenko para que sejam suavizadas suas condições de detenção

Foto da líder opositora Yulia Timoshenko: requerimento prevê quantidade ilimitada de telefonemas, mais visitas, assim como permissões para sair durante o dia (Sergei Supinsky/AFP)

Foto da líder opositora Yulia Timoshenko: requerimento prevê quantidade ilimitada de telefonemas, mais visitas, assim como permissões para sair durante o dia (Sergei Supinsky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 09h47.

A justiça ucraniana começou a examinar nesta terça-feira o pedido da líder opositora detida Yulia Timoshenko para que sejam suavizadas suas condições de detenção em Kharkov (leste), onde cumpre sua pena de sete anos de prisão.

Este requerimento prevê uma quantidade ilimitada de chamadas telefônicas, mais visitas, assim como permissões ocasionais para sair durante o dia.

A audiência é realizada no tribunal de Kominternovsky de Kharkov, na ausência da interessada, em uma sala repleta de jornalistas e militantes partidários de Timoshenko.

Os serviços penitenciários se negaram até agora a satisfazer o pedido de Timoshenko, que já cumpriu um terço de sua pena de sete anos de prisão por abuso de poder, sob o pretexto de que precisava de atendimento médico.

A ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, detida desde agosto de 2011, sofre hérnias de disco e foi hospitalizada em 2012.

"Nós consideramos que a decisão (dos serviços penitenciários) é legítima. Não vemos motivos para tomar outra decisão" a respeito do pedido da opositora, declarou ante o tribunal a procuradora Viktoria Tugaibei.

A condenação de Yulia Timoshenko provocou uma grave crise entre as autoridades ucranianas e a União Europeia (UE), e sua libertação era uma condição fundamental para a assinatura de um acordo de associação com a Ucrânia.

Timoshenko, ídola da Revolução Laranja pró-ocidental de 2004, foi a adversária do atual presidente, Viktor Yanukovytch, nas eleições presidenciais de 2010.

A oposição denuncia sua prisão como uma vingança política.

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