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Justiça da Venezuela abre processo contra vice-presidente do parlamento

Tribunal do país também pediu a prisão do político Leopoldo López, que participou dos protestos da última terça, 30

Protestos convocados por Juan Guaidó e Leopoldo López deixaram pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos convocados por Juan Guaidó e Leopoldo López deixaram pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de maio de 2019 às 21h37.

Caracas — O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) autorizou nesta quinta-feira, 2, que o primeiro vice-presidente do parlamento da Venezuela, Édgar Zambrano, seja processado pela Justiça comum por vários crimes relacionados com a tentativa de levante militar da última terça.

Em uma sentença emitida pela Sala Plena, o TSJ determinou que Zambrano tem "responsabilidade" nos crimes de traição à pátria, conspiração, instigação à insurreição, rebelião civil, associação criminosa, usurpação de funções e instigação pública à desobediência das leis.

Nesse sentido, o alto tribunal ordenou que decisão seja enviada à chavista Assembleia Nacional Constituinte, um fórum que boa parte da comunidade internacional não reconhece.

Além disso, uma cópia da sentença será enviada ao titular do Ministério Público, Tareq Saab, "para que continue a tramitação da causa penal correspondente".

O Ministério Público, por sua parte, não reagiu imediatamente à notícia.

Zambrano, cujo paradeiro é desconhecido, estava na madrugada da terça-feira passada ao lado do líder do parlamento, Juan Guaidó, do líder opositor Leopoldo López e de cerca de 20 militares durante um pronunciamento nos arredores de uma base aérea em Caracas, no qual tentaram incitar integrantes das forças armadas a desafiar Maduro.

A justiça venezuelana também decretou a prisão do político Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar e foi aos protestos, apoiando Juan Guaidó. Após os protestos, López dirigiu-se para a embaixada do Chile e depois para a da Espanha. O governo espanhol declarou que não entregará o político ao governo de Maduro.

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