O leão Cecil, que foi morto por dentista americano em parque do Zimbábue: o caçador disse à agência France Press, no sábado (1º), que não pensava ter feito qualquer coisa de ilegal (Daughter#3/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2015 às 10h10.
O julgamento do organizador do safari durante o qual foi abatido o famoso leão zimbabuano Cecil foi adiado para setembro a pedido da defesa, informou hoje (5) o juiz.
Theo Bronkhorst, caçador profissional do Zimbabue, foi reconvocado para 28 de setembro pelo tribunal de Hwange, perto da reserve onde ocorreu a polêmica caçada.
Ele é acusado de ter organizado a perseguição ao leão Cecil, perto do Parque Nacional de Hwange, para o cliente norte-americano Walter Palmer. O animal foi morto em 1º de julho.
O caçador disse à agência France Press, no sábado (1º), que não pensava ter feito qualquer coisa de ilegal e que o seu cliente norte-americano, cuja extradição é pedida pelo Zimbabue, é totalmente inocente.
“Vendi-lhe uma caçada que era legal”, adiantou, assegurando que tudo estava em ordem, desde o pagamento de US$ 55 mil à autorização de caça.
Segundo a acusação, o proprietário do terreno no qual Cecil foi abatido não tinha cota para abater um leão. De acordo com informações não confirmadas, o animal, que tinha um dispositivo GPS porque era seguido no quadro de um estudo científico, foi atraído para fora da reserva.
Uma semana depois dos protestos provocados pela morte de Cecil, o Zimbabue declarou guerra aos caçadores ilegais. Mais um visitante norte-americano foi acusado da morte de outro leão.
Foram anunciadas restrições à grande caça (de leões, elefantes e leopardos), que ficou proibida perto da reserva animal de Hwange, e o uso de arco e flecha, o método usado no caso de Cecil.
A indústria da caça movimenta cerca de US$ 40 milhões por ano no Zimbabue.