Mundo

Judeus são mais religiosos agora que há 20 anos, diz estudo

Segundo pesquisa, aumentou o número de israelenses judeus que acreditam em Deus, na ideia do povo eleito e na vida após a morte

Os autores do estudo citam entre os possíveis motivos do aumento da religiosidade o crescimento do peso demográfico de ortodoxos e ultra-ortodoxos (Menahem Kahana/AFP)

Os autores do estudo citam entre os possíveis motivos do aumento da religiosidade o crescimento do peso demográfico de ortodoxos e ultra-ortodoxos (Menahem Kahana/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 19h20.

Jerusalém - Os israelenses judeus são mais religiosos agora que há 20 anos, com um aumento no número daqueles que acreditam em Deus, na ideia do povo eleito e na vida após a morte, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

A enquete, realizada pelo Centro Guttman do Instituto de Democracia de Israel e pela Fundação Avi Jai, revela uma reversão da tendência rumo à secularização motivada pela emigração ao país de mais de um milhão de cidadãos da ex-União Soviética, após sua dissolução em 1991.

De acordo com a pesquisa, 80% dos 2.803 consultados declararam em 2009 que 'um poder superior governa o mundo', contra 74% que responderam afirmativamente na enquete de 1999 e 76% que concordaram em 1991, antes da citada onda migratória.

A crença de que existe vida depois da morte aumentou em 20 anos de 54% para 60% e de que as boas ações serão recompensadas pela divindade de 75% para 85%.

Os autores do estudo citam entre os possíveis motivos deste aumento da religiosidade o aumento do peso demográfico de ortodoxos e ultra-ortodoxos e a assimilação das práticas e tradições religiosas judaicas por parte da emigração da extinta URSS.

'Enquanto a tendência de aproximação à religião é percebida notavelmente entre ortodoxos e ultra-ortodoxos, e em certa medida entre os tradicionais, entre os seculares não existe mudança alguma ou até mesmo ocorre um ligeiro afastamento da religião', destacou a análise da enquete.

Outro resultado interessante da pesquisa é que 87% dos consultados apoiam a atual forma da Lei do Retorno, que concede a cidadania israelense de forma automática a qualquer pessoa com pelo menos um avô judeu.

Por outro lado, apenas 53% veem com bons olhos que a esposa não-judia de um judeu possa receber a cidadania de forma automática.

Por outra parte, 73% consideram que Israel pode ser ao mesmo tempo um Estado democrático e aderir à lei religiosa judia. As diferenças residem em qual de ambas deveria ter preferência em caso de contradição: a democracia (44%) ou a lei judia (20%), enquanto 36% acreditam que isso deve ser decidido caso a caso.

Em relação às questões de identidade e pertinência a Israel e ao povo judeu, as respostas positivas foram quase unânimes. Enquanto 88% querem seguir vivendo em longo prazo no país e 84% se definem como sionista, 92% consideram 'bastante ou muito importante' sentir-se parte do povo judeu. 

Acompanhe tudo sobre:IsraelJudeusReligião

Mais de Mundo

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips