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Jovem que matou CEO da UnitedHealthcare não queria colocar inocentes em risco

Luigi Mangione planejou assassinato de Brian Thompson, mas evitou risco a inocentes, conforme caderno encontrado pela polícia

Luigi Mangione descreve assassinato de Brian Thompson em caderno encontrado pela polícia (AFP)

Luigi Mangione descreve assassinato de Brian Thompson em caderno encontrado pela polícia (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 17h29.

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O jovem Luigi Mangione, suposto assassino do diretor-executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson, procurava cometer um assassinato "preciso", sem colocar em risco pessoas inocentes, conforme revelado em um caderno encontrado pela polícia e que foi consultado pelo jornal The New York Times.

No caderno, Mangione descreveu sua intenção de matar Thompson de maneira exata, sem causar vítimas colaterais. De acordo com a emissora CNN, o homem de 26 anos considerou inicialmente usar uma bomba, mas descartou a ideia por temer que ela pudesse atingir pessoas inocentes. Em outra parte do documento, Mangione expressou sua animosidade em relação à “América corporativa”.

Em suas anotações, Mangione também se referiu à reunião com os investidores da empresa de Thompson, que ele descreveu como "uma convenção anual de parasitas tacanhos". Ele criticou o sistema de saúde dos Estados Unidos, afirmando que era injusto o país ter o sistema de saúde mais caro do mundo, mas que ele não contribuía para a melhoria da qualidade de vida da população. Mangione disse que o sistema servia apenas para enriquecer algumas empresas e não para aumentar nossa expectativa de vida.

Andamento da investigação

O caso de Mangione continua em destaque nas primeiras páginas dos principais meios de comunicação americanos. O New York Post publicou trechos das anotações do suspeito, sugerindo que ele se sentia ressentido com o sistema de saúde do país e com o mundo empresarial que se beneficia da gestão das doenças.

A CNN informou que, de acordo com fontes anônimas, as impressões digitais encontradas no local do crime coincidem com as de Mangione. Contudo, seus advogados afirmaram que ele se declarará inocente dos crimes pelos quais foi acusado na Pensilvânia, incluindo falsificação de documentos e posse ilegal de armas.

A defesa de Mangione também anunciou que se posicionará contra sua extradição da Pensilvânia para Nova York, onde ele pode ser julgado por assassinato. Um processo em Nova York poderia durar várias semanas, segundo o New York Times.

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