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Jihadistas são mais nocivos que caricaturas, diz Hezbollah

Líder não mencionou ou condenou o ataque contra a Charlie Hebdo que deixou 12 mortos na quarta-feira em Paris

Hassan Nasrallah, o chefe do Hezbollah xiita libanês: "através de seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atentaram contra o profeta e os muçulmanos mais do que fizeram seus inimigos" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 13h52.

Beirute - O chefe do Hezbollah xiita libanês estimou nesta sexta-feira que os jihadistas que realizam atentados no mundo são mais nocivos para o Islã que as obras que fazem piada com Maomé, sem se referir, no entanto, ao ataque contra a revista Charlie Hebdo em Paris .

"Neste momento, é mais do que nunca necessário falar do profeta devido à conduta de alguns grupos terroristas que reivindicam defender o Islã", afirmou Hassan Nasrallah, cujo partido xiita combate os movimentos jihadistas sunitas na Síria com o regime de Bashar al-Assad.

"Através de seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atentaram contra o profeta e os muçulmanos mais do que fizeram seus inimigos (...) mais que os livros, os filmes e as caricaturas que injuriaram o profeta", acrescentou o chefe do Hebollah, em um discurso televisivo.

"Os piores atos são os que prejudicaram o profeta em sua história", prosseguiu Nasrallah.

Referia-se, sobretudo, ao famoso romance de Salman Rushdie, "Os Versos Satânicos", pelo qual o autor foi alvo de uma fatwa emitida pelo aiatolá Khomeini em 1989, ao vídeo anti-islã "A inocência dos muçulmanos" que provocou violentas manifestações no mundo muçulmano em 2012; e às caricaturas de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês em 2005 e republicadas pela revista Charlie Hebdo.

Nasrallah não mencionou ou condenou o ataque contra a Charlie Hebdo que deixou 12 mortos na quarta-feira em Paris.

Durante a crise das caricaturas do jornal dinamarquês, o Hezbollah, como muitos partidos islâmicos, condenou os desenhos e convocou manifestações.

Nasrallah se referiu, no entanto, à França ao afirmar que após as atrocidades cometidas pelos jihadistas em Síria, Iraque, Líbano, Paquistão, Afeganistão e Iêmen, "o flagelo alcançou agora os Estados que exportaram (estes extremistas) para nossos países".

Muitos membros de grupos jihadistas na Síria e no Iraque são ocidentais, entre eles franceses, americanos e britânicos.

Apoiado por Teerã, o Hezbollah xiita, que se tornou conhecido por seus sequestros de ocidentais nos anos 1980 no Líbano, está em guerra contra os rebeldes e jihadistas na Síria, alegando que defende o Líbano contra o extremismo.

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"Neste momento, é mais do que nunca necessário falar do profeta devido à conduta de alguns grupos terroristas que reivindicam defender o Islã", afirmou Hassan Nasrallah, cujo partido xiita combate os movimentos jihadistas sunitas na Síria com o regime de Bashar al-Assad.

"Através de seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atentaram contra o profeta e os muçulmanos mais do que fizeram seus inimigos (...) mais que os livros, os filmes e as caricaturas que injuriaram o profeta", acrescentou o chefe do Hebollah, em um discurso televisivo.

"Os piores atos são os que prejudicaram o profeta em sua história", prosseguiu Nasrallah.

Referia-se, sobretudo, ao famoso romance de Salman Rushdie, "Os Versos Satânicos", pelo qual o autor foi alvo de uma fatwa emitida pelo aiatolá Khomeini em 1989, ao vídeo anti-islã "A inocência dos muçulmanos" que provocou violentas manifestações no mundo muçulmano em 2012; e às caricaturas de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês em 2005 e republicadas pela revista Charlie Hebdo.

Nasrallah não mencionou ou condenou o ataque contra a Charlie Hebdo que deixou 12 mortos na quarta-feira em Paris.

Durante a crise das caricaturas do jornal dinamarquês, o Hezbollah, como muitos partidos islâmicos, condenou os desenhos e convocou manifestações.

Nasrallah se referiu, no entanto, à França ao afirmar que após as atrocidades cometidas pelos jihadistas em Síria, Iraque, Líbano, Paquistão, Afeganistão e Iêmen, "o flagelo alcançou agora os Estados que exportaram (estes extremistas) para nossos países".

Muitos membros de grupos jihadistas na Síria e no Iraque são ocidentais, entre eles franceses, americanos e britânicos.

Apoiado por Teerã, o Hezbollah xiita, que se tornou conhecido por seus sequestros de ocidentais nos anos 1980 no Líbano, está em guerra contra os rebeldes e jihadistas na Síria, alegando que defende o Líbano contra o extremismo.

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