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Com Trump, Jerusalém está entre o ódio e a diplomacia

ÀS SETE - Intitulado como “o dia do ódio”, a sexta-feira será marcada por mais protestos e mais violência na região

Jerusalém: após a decisão do presidente americano de reconhecer a cidade como capital de Israel, Jerusalém vive entre a diplomacia e a violência
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 06h54.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 07h37.

O Conselho de Segurança da ONU e o grupo islâmico Hamas colocam Jerusalém mais uma vez como tema principal desta sexta-feira. A dúvida é se vai prevalecer a diplomacia, ou a violência.

O Conselho de Segurança da ONU convocou sua reunião dois dias após o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel , pelo governo dos Estados Unidos.

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O presidente americano, Donald Trump, ainda afirmou que vai transferir a embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém, em uma quebra de protocolo diplomático internacional.

O grupo islâmico Hamas, por sua vez, convocou, também para esta sexta-feira, um levante popular contra Israel, afirmando que a população deve se levantar contra “o inimigo sionista”, em uma nova intifada.

Intitulado como “o dia do ódio”, a sexta-feira será marcada por mais protestos e mais violência. Ontem, alguns palestinos entraram em conflito com militares israelenses.

Segundo médicos da região, 31 pessoas ficaram feriadas após um protesto na Faixa de Gaza, sendo que 21 pessoas foram atingidas por balas de borracha e 11 por munição comum.

Além de convocar a população palestina, o Hamas exigiu que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se retire de todos os processos de paz com Israel e com países aliados dos Estados Unidos.

Intifada é o nome dado ao movimento popular de insurreições contra Israel.

O Hamas é o maior grupo islâmico militante na Palestina, e foi fundada em 1987, durante a primeira intifada, quando a população palestina atacou com paus e pedras os militares israelenses.

A segunda intifada aconteceu em 2000, quando o ex-líder de Israel Ariel Sharon visitou a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.

Jerusalém é considerada sagrada por católicos, muçulmanos e judeus. Desde 1967, o governo israelense tem controle da zona ocidental da cidade.

Os israelenses já consideravam a cidade como a capital do país antes do anúncio de Trump. O título, porém, não é reconhecido pela comunidade internacional.

Israel foi o único país a apoiar publicamente a decisão de Donald Trump. A ver se, ao menos, a comunidade internacional consegue evitar um novo banho de sangue na região.

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