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Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2010 às 09h48.
Tóquio - O Governo do Japão anunciou nesta terça-feira as diretrizes da nova política fiscal da segunda economia mundial, que incluem a contenção da grande dívida pública e um possível aumento do imposto ao consumo.
O Governo japonês se compromete a manter a despesa orçamentária em torno dos 71 trilhões de ienes (633 milhões de euros) até o ano fiscal de 2013 e a colocar o teto à emissão de dívida nos 44 trilhões de ienes (392,4 milhões de euros).
O plano contempla também objetivos em longo prazo como a volta ao superávit orçamentário em 2020 e o início da redução da dívida pública de maneira constante desde 2021.
Além disso, o projeto revelado nesta terça-feira pelo primeiro-ministro Naoto Kan, que assumiu o cargo há duas semanas substituindo Yukio Hatoyama, inclui uma reforma tributária "em datas adiantadas", que poderia supor um aumento do imposto sobre o consumo, uma medida considerada impopular.
Kan pediu ao povo japonês que compartilhe o custo de "adquirir segurança" e crescimento com esta reforma, segundo informou a agência local "Kyodo".
O aumento do imposto sobre o consumo, atualmente fixado em 5%, é um das medidas que o Governo de Kan pode aprovar para aumentar as entradas fiscais e ajudar a reduzir a dívida pública, que ronda 200% do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e é a maior de um país industrializado.
O plano, que tem a intenção de evitar riscos pelo grande volume da dívida pública, chega pouco antes que das eleições parciais ao Senado, vistas como o primeiro exame para o Governo do Partido Democrático (PD), que chegou ao poder em setembro do ano passado.
O Governo japonês disse que as medidas fiscais têm como objetivo "evitar a perda de confiança no mercado de bônus do Japão, após observar o colapso financeiro da Grécia e outros países".