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Japão ameaça suspender financiamento da Unesco

Tóquio - que afirma ser o segundo maior contribuinte para a Unesco depois dos Estados Unidos - acusa o organismo de tomar uma decisão política

Unesco: os documentos relacionados com a onda de atrocidades cometidas pelo Exército Imperial japonês na China no Massacre de Nanquim em 1937 foram incluídos neste Registro da agência (Miguel Medina/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 12h07.

O Japão ameaçou nesta terça-feira suspender sua participação no financiamento da Unesco , em protesto contra a decisão da agência da ONU de incluir documentos relacionados ao Massacre de Nanquim em seu Registo da memória do mundo.

Tóquio - que afirma ser o segundo maior contribuinte para a Unesco depois dos Estados Unidos - acusa o organismo de tomar uma decisão política, em contradição com a neutralidade que deve motivar suas escolhas.

"Acho que isso é um problema", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, acrescentando que o Japão tem "opiniões totalmente diferentes das da China" sobre a história do massacre de Nanquim.

Os documentos relacionados com esta onda de atrocidades cometidas pelo Exército Imperial japonês na China em 1937 foram incluídos neste Registro da Unesco, segundo anunciou na sexta-feira a organização da ONU.

"Pretendemos examinar todas as medidas possíveis, incluindo a suspensão do pagamento das contribuições de nosso país" à Unesco, ameaçou Suga sem dar mais detalhes.

"Exortamos transparência e justiça, para que este projeto educativo não seja utilizado para fins políticos", reiterou sobre o Registro.

A China não demorou a reagir. "O que o Japão diz é uma flagrante ameaça. Isso é chocante e totalmente inaceitável", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

"A Unesco tem defendido uma posição objetiva e justa, gravando os documentos do massacre de Nanquim no registro da memória do mundo", acrescentou Hua.

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O Japão ameaçou nesta terça-feira suspender sua participação no financiamento da Unesco , em protesto contra a decisão da agência da ONU de incluir documentos relacionados ao Massacre de Nanquim em seu Registo da memória do mundo.

Tóquio - que afirma ser o segundo maior contribuinte para a Unesco depois dos Estados Unidos - acusa o organismo de tomar uma decisão política, em contradição com a neutralidade que deve motivar suas escolhas.

"Acho que isso é um problema", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, acrescentando que o Japão tem "opiniões totalmente diferentes das da China" sobre a história do massacre de Nanquim.

Os documentos relacionados com esta onda de atrocidades cometidas pelo Exército Imperial japonês na China em 1937 foram incluídos neste Registro da Unesco, segundo anunciou na sexta-feira a organização da ONU.

"Pretendemos examinar todas as medidas possíveis, incluindo a suspensão do pagamento das contribuições de nosso país" à Unesco, ameaçou Suga sem dar mais detalhes.

"Exortamos transparência e justiça, para que este projeto educativo não seja utilizado para fins políticos", reiterou sobre o Registro.

A China não demorou a reagir. "O que o Japão diz é uma flagrante ameaça. Isso é chocante e totalmente inaceitável", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

"A Unesco tem defendido uma posição objetiva e justa, gravando os documentos do massacre de Nanquim no registro da memória do mundo", acrescentou Hua.

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