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Já são 19 os mortos em bombardeio na Ucrânia; Rússia ameaça com novos ataques

Nesta terça-feira, o comando militar denunciou um novo ataque russo menos de 24 horas depois do bombardeio em grande escala que abalou o país

Nesta terça-feira, 11, a Rússia bombardeou a cidade de Zaporizhzhia (AFP/AFP)

Nesta terça-feira, 11, a Rússia bombardeou a cidade de Zaporizhzhia (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de outubro de 2022 às 08h33.

O bombardeio russo em larga escala que atingiu a Ucrânia nesta segunda-feira, 10, deixou ao menos 19 pessoas mortas e outras 105 feridas, segundo autoridades ucranianas. Depois de o presidente russo Vladimir Putin afirmar em discurso que mais bombardeios aconteceriam, as autoridades ucranianas ativaram o alerta para novos possíveis ataques aéreos em todo o país.

Nesta terça-feira, 11, a Rússia bombardeou a cidade de Zaporizhzhia. "Atenção, ao longo do dia há uma alta probabilidade de ataques de mísseis em todo o território ucraniano”, disseram as autoridades, por meio do Telegram.

Vladimir Putin afirmou que os ataques de segunda-feira foram uma retaliação às tentativas da Ucrânia de repelir as forças de Moscou e à explosão que destruiu parcialmente a ponte do Estreito de Kerch, uma gigantesca obra que Putin inaugurou em 2018 como uma das principais de seu governo e usada para levar suprimentos da Rússia para a Crimeia, anexada em 2014.

De acordo com o relatório, os bombardeios desta segunda-feira atingiram doze regiões da Ucrânia e a capital Kiev, atacada pela primeira vez desde junho. O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shimhal, indicou que 11 infraestruturas energéticas foram danificadas em oito regiões, além da capital.

Após a série de bombardeios, que causaram apagões e cortes de fornecimento de energia em muitas regiões, a Ucrânia anunciou a interrupção da exportação de eletricidade para a Europa. Um total de 301 assentamentos do país permanecem sem luz.

Os ataques russos ocorreram na manhã desta segunda-feira em várias cidades da Ucrânia e foram considerados os mais amplos desde o início do conflito. Ao menos 84 mísseis de cruzeiro e 24 drones foram utilizados.

Nesta terça-feira, o comando militar denunciou um novo ataque russo menos de 24 horas depois do bombardeio em grande escala que abalou o país.

Desta vez, segundo as primeiras informações repassadas pelas autoridades ucranianas, as forças russas lançaram 12 mísseis S-300 contra instalações civis na cidade de Zaporizhzia, onde está localizada a maior usina nuclear da Europa. Dois dos foguetes atingiram uma concessionária de carros, matando uma pessoa. E os outros atingiram uma escola e um dispensário.

Essa cidade ao sul da Ucrânia tem sido o principal alvo dos bombardeios russos nos últimos dias. Desde 2 de outubro passado, os ataques na região mataram pelo menos 43 pessoas e feriram outras 70.

Zaporizhzia, juntamente com Kherson (também no sul), Lugansk e Donestk, é uma das áreas ucranianas parcialmente ocupada pelos russos após anexações consideradas ilegais. Recentemente, a Rússia tomou por completo o controle da usina nuclear instalada na cidade.

Alianças

As potências do Grupo dos Sete (G-7) marcaram para esta terça-feira uma reunião de emergência para discutir a recente série de bombardeios russos na Ucrânia e planejar uma resposta à escalada do conflito.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski também participará do encontro virtual e já adiantou o que espera das sete democracias mais ricas do mundo: mais e melhores sistemas de defesa aérea para impedir outros tipos de ataques como estes de segunda-feira.

Em paralelo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deve se reunir com seu colega russo Vladimir Putin à margem de uma cúpula regional na capital do Cazaquistão, Astana, na quarta-feira, 12, disse uma autoridade turca a agências internacionais. Desde o início do conflito, a Turquia assumiu um papel neutro e manteve boas relações com seus dois vizinhos do Mar Negro.

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