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Investigação nos EUA confirma racismo na polícia de Ferguson

A polícia de Ferguson violou regularmente os direitos constitucionais dos cidadãos, informa a imprensa americana


	Policias de Ferguson durante os protestos após o anúncio do júri no caso Michael Brown: em 88% dos casos de uso da força policial os suspeitos eram afro-americanos
 (Scott Olson/AFP)

Policias de Ferguson durante os protestos após o anúncio do júri no caso Michael Brown: em 88% dos casos de uso da força policial os suspeitos eram afro-americanos (Scott Olson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 08h04.

Washington - A investigação da secretaria de Justiça dos Estados Unidos deflagrada após a morte de um jovem negro por um policial em Ferguson (Missouri) concluiu que o racismo faz parte da rotina da polícia local, em particular contra a comunidade negra, revela nesta terça-feira a imprensa americana.

De acordo com o relatório que será publicado nesta quarta-feira, a polícia de Ferguson violou regularmente os direitos constitucionais dos cidadãos, informa a imprensa americana, que cita fontes ligadas à investigação.

Após a morte do jovem negro Michael Brown, no dia 9 de agosto, que deflagrou uma onda de protestos, o governo federal determinou uma investigação paralela à realizada pelas autoridades locais.

Segundo CNN e Washington Post, o relatório concluiu que a polícia de Ferguson e a justiça local participavam de uma "rotina" de discriminação contra a população negra.

O documento destaca que entre 2012 e 2014, enquanto os negros respondiam por 67% da população, 85% dos automóveis parados pela polícia eram conduzidos por negros e 90% das pessoas convocadas ao tribunal eram negras, do mesmo modo que 93% dos detidos.

Em 88% dos casos de uso da força policial os suspeitos eram afro-americanos.

O relatório afirma ainda que entre 2011 e 2013 os negros responderam por 95% das infrações nas ruas e por 92% das acusações por violação da ordem pública, revela Washington Post.

Em agosto passado, um policial branco matou Michael Brown, um jovem negro de 18 anos que estava desarmado. Um grande juri decidiu em 24 de novembro não processar o agente.

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