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Itália quer detalhes sobre morte de refém após ação dos EUA

A Itália quer mais informações dos EUA sobre como um funcionário italiano foi morto em um ataque com drone na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão


	Drone: autoridades tentam saber o motivo de ter demorado três meses para serem informados sobre o "trágico erro"
 (Reuters)

Drone: autoridades tentam saber o motivo de ter demorado três meses para serem informados sobre o "trágico erro" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 17h13.

Roma - A Itália afirmou que queria mais informações dos Estados Unidos sobre como um funcionário humanitário italiano foi morto em um ataque com um drone na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

Autoridades tentam saber o motivo de ter demorado três meses para serem informados sobre o "trágico erro".

O ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, afirmou ao Parlamento que, em uma zona de guerra inacessível, onde é frequente a tomada de reféns, demorou bastante para a inteligência dos EUA verificar que Giovanni Lo Porto havia sido morto.

O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou ontem a morte de Lo Porto e de um refém americano, durante um ataque aéreo realizado em meados de janeiro. Os militares dos EUA acreditaram então que estavam atacando um alvo da Al-Qaeda.

"O governo dos EUA confirmou que não havia razão para acreditar que os dois reféns estavam no local", disse Gentiloni. Segundo o ministro, o premiê Matteo Renzi foi informado na noite de quarta-feira sobre a morte, enquanto a família de Lo Porto foi informada na manhã seguinte.

O ministro disse que a Itália reconhece a "máxima transparência" de Obama em assumir a responsabilidade pelas mortes, mas afirmou que Roma quer mais informações.

Obama e Renzi se reuniram em Washington na semana passada. "Nós trabalharemos para conseguir o máximo possível de informação adicional sobre as circunstâncias do trágico erro, reconhecido ontem pelo presidente Obama", disse Gentiloni. Ele ressaltou, porém, que a Itália continuará a trabalhar com seus aliados na luta contra o terrorismo. Fonte: Associated Press.

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