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Israelenses se reúnem para lembrar o aniversário de um ano do início da guerra contra Hamas

Em 7 de outubro de 2023, o conflito entre o grupo palestino e Israel começou, após ataque a uma festa no território judeu

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Agência de notícias

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 07h17.

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Centenas de israelenses se reuniram, neste domingo, 6, em Tel Aviv com velas, orações e música, na véspera do primeiro aniversário do ataque feito pelo grupo islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

A cerimônia foi organizada em uma casa de shows em homenagem às vítimas do festival de música Nova, um evento do qual participaram cerca de 3.000 pessoas a alguns quilômetros da Faixa de Gaza.

Combatentes do Hamas atacaram o local um ano atrás e, durante a ação, mataram pelo menos 370 pessoas, segundo dados oficiais israelenses.

Fotos das vítimas foram projetadas em um telão, enquanto os participantes acendiam velas, escreviam mensagens ou se abraçavam em silêncio.

"Vir a este ato um ano depois deste terrível massacre que ocorreu em 7 de outubro é muito emocionante, é muito assustador", afirmou Solly Laniado, um dos organizadores do evento.

"Há três dias, não pensávamos sequer em organizar o evento", acrescentou, em alusão às advertências sobre o lançamento de foguetes do Líbano e ao ataque iraniano de terça-feira.

Além da guerra contra o Hamas em Gaza, Israel lançou este mês uma campanha de bombardeios mortais contra redutos do movimento islamista Hezbollah no Líbano.

Esta semana, também sofreu um ataque do Irã, que lançou cerca de 200 mísseis contra o território israelense em resposta às mortes do chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

Um dia difícil

"É um dia difícil", afirmou Omri Sasi, de 35 anos, um dos produtores do festival Nova que sobreviveu ao ataque. Naquele dia, ele perdeu cerca de 50 amigos, inclusive um tio, uma prima grávida e o marido dela.

O festival, de dois dias, foi realizado nos campos dos arredores do kibutz Reim, no deserto do Neguev, no sul de Israel.

Imagens gravadas pelos próprios milicianos do Hamas mostraram os combatentes atirando contra a multidão que tentava fugir e a captura de alguns reféns.

Após o ataque, o local ficou praticamente intacto, com dezenas de veículos carbonizados e barracas de camping abandonadas, sacos de dormir e roupas espalhados pelo campo.

Em 7 de outubro, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza entraram no sul de Israel, usando explosivos e escavadeiras para cruzar a barreira que separa o território palestino de Israel, matando quem encontraram pelo caminho em kibutzim, bases militares e no local onde era realizado o Nova.

No ataque, morreram 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses. Os islamistas também sequestraram naquele dia 251 pessoas, das quais 97 seguem cativas em Gaza e 37 teriam morrido, segundo o exército israelense.

Nas horas que se seguiram, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel estava "em guerra" e que o objetivo era destruir o Hamas, no poder em Gaza desde 2007.

Desde então, amplas partes da Faixa de Gaza foram reduzidas a escombros e quase a totalidade de seus 2,4 milhões de habitantes foi deslocada.

A ofensiva israelense em Gaza causou até o momento 41.870 mortos, segundo as cifras mais recentes do Ministério da Saúde do território palestino, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU.


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