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Israel tem evidências de que Hamas fez disparos de escolas

Fotografias mostram que militantes armazenaram foguetes em escolas, de onde também os lançaram


	Faixa de Gaza: Israel apresentou a mais detalhada avaliação já conduzida sobre o impacto da guerra
 (REUTERS/ Amir Cohen)

Faixa de Gaza: Israel apresentou a mais detalhada avaliação já conduzida sobre o impacto da guerra (REUTERS/ Amir Cohen)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 11h51.

Tel Aviv - Forças militares de Israel apresentaram a mais detalhada avaliação já conduzida sobre a recente campanha e o impacto da guerra em Gaza, incluindo fotografias indicando que militantes armazenaram foguetes em escolas, de onde também os lançaram.

Israel também mostrou os efeitos da ação militar sobre o Hamas. Em uma coletiva no quartel-general em Tel Aviv, a Força de Defesa de Israel apresentou relatos da estrutura e da capacidade do Hamas e de outros grupos militantes que operam em Gaza, em um esforço para justificar a severidade da ameaçada enfrentada por Israel e o pesado bombardeio feito pelo Estado judaico contra o território palestino durante o conflito, que durou 50 dias —ações que geraram duras críticas internacionais.

Entre as provas mostradas por um alto oficial militar estavam detalhes do alcance e do número de foguetes disparados pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, fotografias mostrando como lançadores de foguetes estava escondidos em cemitérios e nos parquinhos de escolas, e como túneis foram utilizados para realizar ataques e escapar.

Uma série de fotografias mostrou uma escola durante o dia, com seu pátio central vazio. De noite, foguetes aparentemente estava empilhados no pátio. Em outra escola foi visto um buraco num toldo, a fim de permitir um disparo de foguete, acrescentou o oficial.

“Estamos lidando com uma força terrorista cuidadosamente estruturada e, em muitos casos, bem treinada”, disse o oficial, que pediu que seu nome não fosse divulgado. “O Hamas tem pelo menos 16 mil operadores organizados em seis brigadas pela Faixa de Gaza, cada uma com um comandante, enquanto (a Jihad Islâmica) tem uma estrutura similar e um total de 6 mil operadores."

A guerra, a mais longa lutada por Israel desde que se retirou do enclave costeiro em 2005, matou mais de 2.100 palestinos, a maioria deles civis, segundo o ministério da Saúde palestino.

Israel disse ter perdido 67 soldados e que seis civis morreram do seu lado. Após duas tentativas fracassadas, um cessar-fogo preliminar foi obtido por mediadores em 26 de agosto. Conversas detalhadas sobre uma paz duradoura devem começas nas próximas semanas, embora já haja dúvidas sobre suas possibilidades.

Um dia antes de a guerra começar, o Exército disse estimar que militantes mantinham 10 mil foguetes em Gaza, incluindo 350 a 400 deles com alcance de até 80 quilômetros, e algumas dezenas com alcance de 160 quilômetros, chegando até Jerusalém. Além disso, disse o oficial, havia “milhares e milhares” de morteiros.

Cerca de 4 mil foguetes foram disparados durante o conflito e 3 mil foram destruídos pelas operações de Israel, o que deixou entre 2.500 a 3.000 nas mãos do Hamas, da Jihad Islâmica e de outros grupos. O oficial descreveu isso como “grande degradação” da capacidade dos grupos, junto com a destruição de 32 túneis construídos de Gaza para Israel e de medidas para prejudicar as finanças do Hamas.

Ele apresentou números mostrando que civis compuseram a maior parte dos mortos no conflito, dizendo que dos 2.127 palestinos que morreram até agora, conforme verificação da Israel, 706 era civis e 616 eram militantes.

Os outros 805 foram listados como “desconhecidos”, mas o oficial disse que, quando a verificação estiver completa, provavelmente 40 a 45 por cento deles seriam militantes e o restante, civis.

Durante a guerra, pelo menos seis escolas administradas pela ONU foram atingidas por artilharia israelense, matando pelo menos duas dezenas de pessoas e levantando duras críticas a Israel.

Foguetes de militantes também foram encontrados em três escolas vazias da ONU.

As fotos mostradas pelo oficial israelense não eram de escolas da ONU.

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