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Israel mata 2 suspeitos do sequestro de 3 estudantes

Tropas israelenses mataram os dois principais suspeitos de capturar e assassinar três estudantes israelenses em 12 de junho


	Soldados de Israel: suspeitos morreram baleados em operação, segundo comunicado
 (Abbas Momani)

Soldados de Israel: suspeitos morreram baleados em operação, segundo comunicado (Abbas Momani)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h59.

Jerusalém - As tropas israelenses mataram nesta terça-feira os dois principais suspeitos de capturar e assassinar três estudantes israelenses no último dia 12 de junho em um cruzamento próximo à colônia de Gush Etzion, na Cisjordânia.

Segundo um comunicado, ambos morreram baleados durante uma operação realizada nos arredores da cidade de Hebron na qual participaram soldados do exército e dos serviços secretos.

A versão da Inteligência interna (Shin Bet) assegura que unidades de elite chegaram ao local "com a intenção de prender" os suspeitos, mas que sua chegada provocou um tiroteio no qual Amar Abu Eisha e Marwan Kawasmeh morreram.

A morte de ambos dificulta a investigação para saber se atuaram por ordem direta da liderança do Hamas, como denuncia Israel, ou se fizeram por sua própria conta, como deram a entender altos comandantes do citado movimento islamita.

A nota detalha que durante a operação também foram detidos Bashar Kawasmeh, Mahmed Kawasmeh e Taar Kawasmeh, filhos do terceiro suspeito, Hussam Kawasmeh, que já está na prisão acusado de planejar o crime.

De acordo com a acusação, Kawasmeh financiou e criou o plano junto a seu irmão Mahmoud, que foi libertado de uma prisão israelense na troca pelo soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2005.

Fontes palestinas asseguram, por sua parte, que as tropas israelenses, apoiadas por escavadeiras, abriram fogo sobre a casa entre os protestos dos moradores, que lançaram pedras contra os soldados.

Gilad Sha"er, Naftalí Frenkel e Eyal Yifrach - dois deles menores de idade - desapareceram em 12 de junho quando tentavam pegar carona para retornar a sua casa após sair da escola religiosa na qual estudavam perto de Hebron.

Seus corpos foram encontrados três semanas depois, baleados em um descampado próximo à referida cidade palestina, com sinais que apontavam que tinham sido assassinados no mesmo dia da captura e após uma ampla operação militar israelense de busca, na qual participaram milhares de soldados.

O triplo assassinato suscitou ataques racistas e vinganças contra os palestinos em Jerusalém por parte de grupos ultranacionalistas judeus, em um dos quais foi capturado e assassinado Mohamad Abu Jedeir.

Jedeir, um adolescente de 16 anos, foi apanhado no bairro de Suafat, em Jerusalém Oriental, queimado vivo e seu corpo abandonado em uma floresta do oeste da cidade santa.

Desde então, a cidade é cenário de um crescente clima de tensão, com protestos e detenções diárias de palestinos, ataques ao bonde e às colônias judaicas da cidade.

O desaparecimento e morte dos três rapazes, que desde o primeiro momento o governo israelense colocou sobre os ombros do Hamas, foi também um dos detonantes da devastadora ofensiva Limite Protetor que Israel lançou sobre Gaza.

Na operação militar, que começou uma semana após os corpos terem sido encontrados, morreram mais de 2.100 palestinos e ficaram feridos cerca de 11 mil, em sua grande maioria civis e 25% deles menores de idade.

Além disso, morreram 67 soldados israelenses, dois civis - um deles uma criança - e um trabalhador estrangeiro, estes últimos atingidos por algum dos milhares de projéteis lançados da Faixa de Gaza.

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