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Israel lamenta acordo entre Vaticano e Palestina

O acordo aconteceu hoje no Vaticano. O texto trata de aspectos essenciais da atividade e do funcionamento da Igreja Católica em território palestino


	Palestina caminha com criança por prédios destruídos ao norte da Faixa de Gaza
 (Finbarr OReilly/Reuters)

Palestina caminha com criança por prédios destruídos ao norte da Faixa de Gaza (Finbarr OReilly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 10h33.

Jerusalém - O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse nesta sexta-feira que "lamenta" a decisão do Vaticano de "reconhecer" à Palestina como estado com a assinatura hoje do primeiro acordo entre a Santa Sé e o Estado da Palestina.

"Este passo apressado prejudica o avanço de um acordo de paz e o esforço internacional para convencer à Autoridade Palestina de retomar as negociações diretas com Israel. Israel não pode aceitar determinações unilaterais no acordo que não levem em conta seus interesses essenciais e o status especial histórico do povo judeu em Jerusalém", afirma em nota o porta-voz do ministério, Emmanuel Nahson, que adverte que o país estudará o acordo e suas implicações para a cooperação futura com o Vaticano.

A assinatura do acordo aconteceu hoje no Vaticano. O texto trata de aspectos essenciais da atividade e do funcionamento da Igreja Católica em território palestino, segundo a Santa Sé.

A assinatura representa o apoio da Igreja à solução de dois Estados e pretende ajudar no reconhecimento de uma Palestina independente.

O documento dá continuidade ao Acordo de Base que a Santa Sé e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinaram em 15 de fevereiro de 2000.

O ministro das Relações Exteriores palestino, Riad al-Maliki, destacou o caráter histórico do acordo, que "pela primeira vez inclui o reconhecimento oficial da Palestina pela Santa Sé como Estado" e legitima "o direito do povo da Palestina à autodeterminação, liberdade e dignidade em um estado independente e livre dos impedimentos da ocupação".

Al-Maliki afirmou que o texto destaca "o estatuto especial da Palestina como berço da cristandade e das religiões monoteístas" e que o Estado palestino "reitera seu compromisso com o combate ao extremismo".

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