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Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Michael Herzog, diplomata que atua nos EUA, falou sobre o assunto à Rádio do Exército de Israel

O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, fala durante a conferência do The Jerusalem Post New York em 03 de junho de 2024 na cidade de Nova York (Noam Galai/Getty Images)

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 07h06.

Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 07h08.

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de firmar um acordo de cessar-fogo, disse o embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog à Rádio do Exército de Israel nesta segunda-feira, 25. "Estamos perto de um acordo. Pode acontecer em poucos dias" , disse a autoridade. A informação é da Agência Bloomberg.

A declaração acontece dias após Amos Hochstein, um enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, viajar para o Líbano e Israel na semana passada para tentar finalizar a trégua entre os dois lados antes de Donald Trump assumir a presidência em 20 de janeiro de 2025.

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O texto proposto pelos EUA fala sobre a suspensão inicial de 60 dias dos ataques, durante a qual os combatentes do Hezbollah se moveriam para o norte do Rio Litani, a cerca de 30 quilômetros  da fronteira israelense.

Ainda de acordo com a Bloomberg, entre as demandas de Israel para esse cessar-fogo, está a exigência que o exército libanês, que é separado do Hezbollah, se desloque para o sul do Líbano, reforçando um contingente de forças de paz das Nações Unidas e ajudando a garantir que o grupo militante não opere lá. O governo israelense também quer o direito de retomar os ataques no Líbano em caso de infrações do grupo xiita, mas o governo libanês e o Hezbollah rejeitaram essa demanda.

De acordo com a Rádio do Exército de Israel, assim que o governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assinar a trégua, Washington a levará para Beirute, onde autoridades do governo estão atuando como intermediárias para o Hezbollah. Também na semana passada, um dos principais aliados políticos do Hezbollah, o presidente da Câmara libanesa Nabih Berri, disse que houve progresso, mas ainda havia "detalhes técnicos" a serem resolvidos.

Israel X Hezbollah

Israel e o grupo Hezbollah estão em conflito desde que o grupo xiita começou a atacar o território israelense em outubro do ano passado em solidariedade ao Hamas, grupo no qual os israelenses estão em guerra na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. Tanto o Hezbollah quanto o Hamas são considerados organizações terroristas pelos EUA e muitos outros países.

No último domingo, 24, o Hezbollah disparou pelo menos 250 foguetes e drones contra Israel, ferindo várias pessoas, e a força aérea israelense atingiu alvos no Líbano.

Nos últimos dois meses, cerca de 2.500 pessoas foram mortas no Líbano por ataques israelenses e pela ofensiva terrestre. Cerca de 50 tropas israelenses foram mortas em combate no sul do Líbano.

Dezenas de milhares de civis foram forçados a se deslocar de ambos os lados da fronteira  entre os dois países para escapar dos ataques militares. O gabinete de Netanyahu tornou a permissão do retorno dos israelenses do norte para suas casas uma prioridade, algo que não pode acontecer sem o fim da luta com o Hezbollah.

Inicialmente o Hezbollah disse que não pararia de atacar Israel até que houvesse um cessar-fogo em Gaza, mas suavizou sua posição ao sofrer perdas militares.

"O Hezbollah desistiu dessa demanda, devido à forte surra que levou", disse Zeev Elkin, membro do gabinete de segurança de Israel, à estação de rádio 103 FM de Tel Aviv.

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