Agência de Notícias
Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 07h35.
Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 07h41.
As negociações sobre uma trégua na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islâmico Hamas estão se concentrando em uma suspensão das hostilidades de seis a oito semanas, que incluiria a libertação de 34 reféns israelenses, disse à Agência EFE uma fonte palestina conhecedora das negociações.
De acordo com a fonte, que pediu anonimato, três estágios de implementação do cessar-fogo são negociados, embora até agora nenhum grande progresso tenha sido feito.
O cessar-fogo também aumentaria o fluxo de ajuda humanitária para o devastado enclave palestino, onde mais de 45 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
“A etapa final incluirá a libertação dos reféns e a entrega dos corpos restantes, o fim da guerra e as negociações sobre a reconstrução e quem governará Gaza no futuro”, acrescentou a fonte, sem fornecer mais detalhes sobre os pontos que estão sendo negociados.
Ela acrescentou que “ninguém sabe a situação de todos os reféns” em Gaza, referindo-se ao fato de estarem vivos ou mortos, e também destacou que há um acordo inicial sobre o retorno de pessoas deslocadas para o norte da Faixa de Gaza.
O Catar, um dos principais mediadores entre Israel e Hamas, declarou hoje que “reuniões técnicas” estavam sendo realizadas entre as partes para se chegar a uma trégua que também permitiria a libertação dos reféns mantidos em cativeiro no território.
As negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza receberam um novo ímpeto no início do ano, depois de entrarem em colapso há um mês, com mensagens otimistas de Israel e Hamas, que entregou a lista com os nomes dos 34 reféns que libertaria na primeira fase do acordo.
Em 15 meses de guerra, as partes só conseguiram chegar a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro de 2023, no qual 105 reféns foram trocados por 240 prisioneiros palestinos, além da suspensão dos combates.
Dos 251 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque que fez a Israel em 7 de outubro, 96 permanecem dentro da Faixa de Gaza, sendo que dezenas estão mortos.