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Israel bombardeia alvos militares do Irã e da Síria

Os ataques israelenses deixaram pelo menos 11 combatentes mortos, incluindo dois sírios

Sistema antiaéreo sírio operando contra bombardeios israleneses em 21 de janeiro de 2019 (Agência oficial síria - SANA/AFP)

Sistema antiaéreo sírio operando contra bombardeios israleneses em 21 de janeiro de 2019 (Agência oficial síria - SANA/AFP)

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AFP

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 09h07.

Uma série de bombardeios israelenses contra posições do governo sírio e seu aliado iraniano na Síria deixou pelo menos 11 combatentes mortos, incluindo dois sírios, na madrugada desta segunda-feira (21) - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os bombardeios israelenses atingiram alvos na região de Damasco, assim como no sul do país, na província de Al-Sueida, segundo o OSDH. Israel anunciou, por sua vez, que bombardeou posições iranianas e do governo na Síria.

Trata-se dos bombardeios israelenses mais letais em meses, declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"Os bombardeios israelenses que atingiram posições militares perto de Damasco e no sul mataram 11 combatentes pró-governo, incluindo dois sírios", disse Abdel Rahman à AFP.

Os alvos foram posições do governo, mas também de seus aliados iranianos e do movimento Hezbollah libanês, nos setores de Kesswa e Jamraya, perto da capital, assim como nas imediações do aeroporto internacional de Damasco, segundo o diretor do OSDH.

Um aeroporto militar na província de Al-Sueida foi atingido pelo ataque, assim como os depósitos do Irã e do movimento Hezbollah, acrescentou.

"Em termos de balanço de mortos, trata-se dos bombardeios mais violentos desde o mês de maio (de 2018)", acrescentou Abdel Rahman.

Citando uma fonte militar, a agência oficial de notícias síria Sana indicou que, no domingo à noite, a defesa antiaérea respondeu aos disparos contra a Síria, depois de ataques israelenses no sul do país durante o dia.

As Forças Armadas da Rússia, aliada do regime, confirmaram um bombardeio israelense na Síria. Segundo os russos, quatro soldados sírios morreram, e seis ficaram feridos.

Os israelenses acusaram o Irã, aliado do regime de Bashar al-Assad, de ter disparado no domingo um míssil terra-terra em direção à zona das Colinas de Golã ocupada por Israel. Também informaram que interceptaram o míssil com seu sistema de defesa antiaérea.

"Ontem, a força iraniana Qods (Guardas da Revolução), que opera no território sírio, lançou um míssil terra-terra a partir do território sírio em direção às Colinas de Golã", anunciaram as forças israelenses em comunicado.

"Com este novo disparo, o Irã oferece uma prova irrefutável de suas reais intenções na Síria, o que ameaça o Estado de Israel e a estabilidade da região", acrescentaram.

"Em resposta ao ataque, durante à noite, os aviões de combate atacaram áreas militares da força iraniana Qods na Síria e baterias de defesa aérea sírias", relataram, informando que os alvos foram "depósitos de munições, um local no aeroporto de Damasco, outro da Inteligência iraniana e um campo de treinamento militar iraniano".

A agência Sana informou que a defesa antiaérea síria conseguiu interceptar "os mísseis inimigos e destruiu a maioria antes que atingissem seus objetivos".

Em maio do ano passado, Israel lançou dezenas de ataques aéreos mortais contra alvos apresentados como iranianos na Síria. Na época, alegou que respondia ao lançamento de foguetes "iranianos" procedentes do território sírio.

Nestes ataques, morreram pelo menos 27 combatentes, de acordo com o OSDH. Entre eles, há seis soldados sírios e 21 estrangeiros, incluindo 11 iranianos.

"Temos uma política bem estabelecida: impedir a consolidação do Irã na Síria e causar danos a qualquer um que queira nos prejudicar", declarou no domingo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

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