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Israel avisa a Hamas que responderá poderosamente a foguetes

A tensão começou a aumentar na madrugada de quarta-feira passada depois que aviões de combate israelenses bombardearam uma série de alvos em Gaza


	Militantes palestinos do Hamas durante desfile militar: 'Sugiro ao Hamas que leve em conta qual é nossa política', disse o primeiro-ministro israelense
 (Mohammed Salem/Reuters)

Militantes palestinos do Hamas durante desfile militar: 'Sugiro ao Hamas que leve em conta qual é nossa política', disse o primeiro-ministro israelense (Mohammed Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2014 às 13h54.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu neste domingo ao grupo islamita Hamas, que governa Gaza, que o exército de seu país atuará com dureza se o lançamento de foguetes da faixa não parar.

Em declarações divulgadas após a reunião dominical do Conselho de ministros, Netanyahu ressaltou que seu país 'está decidido a manter a calma no sul do país', embora para isso deva usar toda sua força.

'Estamos decididos a manter a calma no sul. Faremos isso através de nossa política de prevenção e respondendo poderosamente a qualquer tentativa de nos prejudicar', afirmou o primeiro-ministro.

'Sugiro ao Hamas que leve em conta qual é nossa política', acrescentou.

Horas antes da declaração, o jornal local 'Ha'aretz' tinha revelado que Israel já tinha enviado este fim de semana uma advertência direta ao movimento islamita através de 'os canais egípcios'.

'Os responsáveis de segurança acham que o aviso conjunto de Israel e Egito terá um efeito restritivo sobre Hamas, e que os dirigentes desta organização atuarão para prevenir o disparo de foguetes desde Gaza ao Neguev', no sul israelense, explica o jornal.

A tensão permanente que vive a fronteira entre Israel e Gaza começou a aumentar na madrugada de quarta-feira passada depois que aviões de combate israelenses bombardearam uma série de alvos em Gaza em resposta ao lançamento da Faixa de seis projéteis tipo 'Grand' que foram interceptados por baterias antimísseis.

Os F-16 do exército judeu penetraram em áreas do norte e do leste de Gaza e, segundo um comunicado, destruíram uma plataforma subterrânea de lançamento de foguetes relacionada às brigadas 'Ezedin al-Qassam', milícia armada do movimento Hamas.


Fontes palestinas informaram, por sua vez, que no ataque ficaram levemente feridas cinco pessoas: uma mulher e quatro crianças.

A situação se repetiu ontem à noite, quando a aviação israelense voltou a atacar áreas do centro e do sul da faixa em resposta ao lançamento de um foguete que atingiu a sede da Conselho Regional Sdot Neguev, no sul de Israel, sem causar vítimas.

Além disso, o exército israelense confirmou este domingo um ataque contra uma moto no norte de Gaza, que tinha como alvo Ahmad Saad, 'um importante membro do grupo islamita palestino Jihad', que teria morrido.

O porta-voz de emergências em Gaza, Ashraf al Qadra, também informou sobre esse ataque, mas evitou identificar a vítima morta.

Qadra se limitou a dizer que uma pessoa estava 'clinicamente morta' e que outras duas haviam ficado feridas, uma delas, um adolescente de 12 anos que precisou ser internado no hospital.

Na sexta-feira, outros três palestinos foram feridos a bala em confrontos com o exército israelense em uma região onde há manifestações semanais de protesto contra o bloqueio imposto por Israel a Gaza desde que em 2007 Hamas assumiu o controle político da faixa.

'Ha'aretz' assegurou que os serviços de inteligência israelenses acreditam que o Hamas 'não está interessado em abrir um conflito militar direto', e que as ações são obra de 'elementos rebeldes' no interior de Gaza que tomaram a iniciativa de forma independente.

Mesmo assim, as Forças de Segurança acreditam que há riscos de que a situação piore ainda mais 'se o Hamas não der os passos necessários para evitar isso', disse a publicação.

Em sintonia com esses argumentos, o jornal afirmou que durante o fim de semana membros do Hamas praticaram uma série de prisões em Gaza de membros de pequenas organizações que poderiam estar relacionadas aos ataques, informação não confirmada por fontes palestinas. EFE

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