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Islamistas anunciam que decidiram executar refém francês

O agente francês de inteligência Denis Allex foi capturado na Somália em 2009


	Foto do refém francês Denis Allex capturado na Somália: ele estava em uma missão para treinar membros da polícia e da guarda presidencial somalis
 (AFP)

Foto do refém francês Denis Allex capturado na Somália: ele estava em uma missão para treinar membros da polícia e da guarda presidencial somalis (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 12h49.

Nairóbi - Os islamitas somalis shebab declararam nesta quarta-feira em um comunicado que "decidiram por unanimidade executar" o refém francês Denis Allex, capturado na Somália em 2009 e que Paris considera como morto desde o fracasso de uma operação de resgate no sábado passado.

"Foi condenado à morte e este veredicto não será modificado, para os shebab este homem deve morrer", declarou sem fornecer mais detalhes um líder shebab interrogado por telefone pela AFP de Nairóbi.

"Diante da crescente perseguição por parte da França dos muçulmanos no mundo, de sua política de opressão do islã em seu território (e) das operações militares francesas na guerra contra a sharia (lei islâmica) no Afeganistão e, mais recentemente, no Mali (...), os shebab decidiram por unanimidade executar o agente francês de inteligência Denis Allex", indicaram os islamitas somalis em um comunicado publicado na internet.

"Com sua tentativa de resgate, a França voluntariamente assinou a sentença de morte de Allex", acrescentaram. assegurando que este francês "ainda estava vivo" no sábado depois da operação que tentou libertá-lo de forma frustrada.

As autoridades francesas consideram que Denis Allex aparentemente foi executado por seus captores durante o ataque francês. Por sua vez, os shebab afirmam desde sábado que este refém continua vivo e em seu poder, mas não forneceram nenhuma prova.

Denis Allex - provavelmente um pseudônimo -, agente dos serviços franceses de inteligência exterior (DGSE), foi sequestrado em julho de 2009 em Mogadíscio, onde oficialmente se encontrava em uma missão para treinar membros da polícia e da guarda presidencial somalis.

É casado e tem três filhos.

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