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Irã receberá diálogo nacional sírio na próxima semana

Lema da reunião será ''não à violência e sim à democracia'' e terá como fim ''facilitar o caminho para a reconciliação nacional''


	Família de refugiados cruza a fronteira com a Turquia: Os grupos rebeldes sírios e os EUA acusaram repetidamente o Irã de apoiar militarmente o regime sírio
 (AFP)

Família de refugiados cruza a fronteira com a Turquia: Os grupos rebeldes sírios e os EUA acusaram repetidamente o Irã de apoiar militarmente o regime sírio (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 18h48.

Teerã -Teerã receberá na próxima semana um ''diálogo nacional'' entre o governo e grupos opositores sírios para buscar a paz nesse país, informou nesta terça-feira o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã para Assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir Abdolahian.

Segundo declarações de Abdolahian recolhidas pela agência oficial de notícias ''Irna'', o lema da reunião será ''não à violência e sim à democracia'' e terá como fim ''facilitar o caminho para a reconciliação nacional''.

No encontro, acrescentou o responsável diplomático iraniano, estarão ''delegados do governo sírio, junto com representantes de grupos étnicos e minorias, além de grupos opositores'', sem detalhar quais.

Irã, o principal aliado no Oriente Médio do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, reiterou sua disposição em receber conversas entre o governo da Síria e a oposição ''não violenta''.

O diretor do Departamento do Oriente Médio e Norte da África do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Moytaba Ferdosipur, disse que o Irã não participará da conferência sobre a Síria que o governo japonês organizou em Tóquio.

O Japão convocou para o final do mês de novembro uma reunião do Grupo de Amigos da Síria, que apoia a oposição e pretende aumentar a pressão internacional sobre o regime de Assad, enquanto o governo sírio lhe pediu que o encontro não seja realizado.

O governo de Tóquio bloqueia os ativos do presidente da Síria e de comandantes militares desse país em território japonês desde setembro, em coordenação com a União Europeia e os Estados Unidos.

Os grupos rebeldes sírios e os EUA acusaram repetidamente o Irã de apoiar militarmente o regime sírio com armas, pessoal e assessoria.

Por sua parte, o Irã acusa os EUA, seus aliados ocidentais e alguns governos muçulmanos coligados com Washington, especialmente Arábia Saudita, Catar e Turquia, de armar os grupos opositores sírios, a quem acusa de terrorismo.

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