Destroços após ataque na Síria: Irã organiza reunião sobre o país com a participação de nações asiáticas, africanas e latino-americanas (Umit Bektas / Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2012 às 08h41.
Teerã - O governo do Irã, principal aliado regional do governo sírio, organiza nesta quinta-feira, em Teerã, uma reunião de consultas sobre a crise na Síria, na qual deverão participar representantes de vários países.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, cerca de doze países da Ásia, África e América Latina devem participar no encontro. Segundo ele, são países que "possuem posições realistas" sobre a crise síria.
A lista dos países convidados não foi oficialmente divulgada.
Sabe-se, no entanto, que o representante da Síria não estará presente, segundo informou a chancelaria síria. Kofi Annan, que recentemente renunciou ao papel de enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, também declinou de participar.
Salehi sugeriu que o governo do Irã tentará reviver o plano de paz de Annan.
Rússia, outro aliado fundamental da Síria, estará representado por seu embaixador em Teerã.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, recebeu na terça-feira seu aliado iraniano, Said Jalili, emissário do Guia Supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, quando afirmou que está decidido a arrasar a rebelião contra seu regime.
Assad e Jalili examinaram "as relações bilaterais entre a Síria e a República Islâmica do Irã, assim como a situação na região", indicou a televisão.
Jalili afirmou claramente que o Irã permanecerá ao lado do regime sírio diante de quem quiser quebrar a Síria, elemento fundamental da "resistência contra os Estados Unidos e Israel".
"O Irã jamais permitirá que se quebre o eixo da resistência da qual a Síria é um pilar fundamental", afirmou durante sua reunião com Assad.
"A situação na Síria não é uma crise interna, e sim um conflito do eixo da resistência nesta região" contra Israel e Estados Unidos, acrescentou Jalili.