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Irã fechou instalações nucleares após ataque de Israel, diz Aiea

Chefe da vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que está preocupado com a possibilidade de Israel ter como alvo instalações nucleares iranianas

Irã: país lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado para domingo (Sare Tajalli / ISNA / AFP/AFP)

Irã: país lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado para domingo (Sare Tajalli / ISNA / AFP/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de abril de 2024 às 11h49.

O Irã fechou temporariamente suas instalações nucleares por “considerações de segurança” após seu ataque massivo de mísseis e drones contra Israel no fim de semana, disse o chefe do órgão de vigilância atômica da ONU na segunda-feira.

Falando aos jornalistas à margem de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, foi questionado se estava preocupado com a possibilidade de um ataque israelita a uma instalação nuclear iraniana em retaliação ao ataque.

"Estamos sempre preocupados com esta possibilidade. O que posso dizer é que os nossos inspetores no Irão foram informados pelo governo iraniano que ontem (domingo), todas as instalações nucleares que inspecionamos todos os dias permaneceriam fechadas por questões de segurança", ele disse.

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As instalações deveriam reabrir na segunda-feira, disse Grossi, mas os inspetores só retornariam no dia seguinte.

"Decidi não deixar os inspetores regressarem até vermos que a situação está completamente calma", acrescentou, ao mesmo tempo que apelou à “extrema contenção”.

Guerra no Oriente Médio

O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado para domingo, em retaliação a um ataque aéreo a um edifício consular em Damasco que matou sete dos seus Guardas Revolucionários, dois deles generais.

Israel e os seus aliados abateram a grande maioria das armas e o ataque causou apenas danos menores, mas as preocupações sobre uma potencial represália israelita alimentaram, no entanto, receios de uma guerra regional total. Israel já realizou operações contra instalações nucleares na região antes.

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Em 1981, bombardeou o reactor nuclear de Osirak, no Iraque de Saddam Hussein, apesar da oposição de Washington. E em 2018, admitiu ter lançado um ataque aéreo ultrassecreto contra um reator na Síria 11 anos antes.

Israel também é acusado por Teerão de ter assassinado dois físicos nucleares iranianos em 2010 e de ter raptado outro no ano anterior.

Também em 2010, um sofisticado ataque cibernético utilizando o vírus Stuxnet, atribuído por Teerão a Israel e aos Estados Unidos, levou a uma série de avarias em centrífugas iranianas utilizadas para enriquecimento de urânio.

Israel acusa o Irã de querer adquirir uma bomba atômica, algo que Teerão nega.

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