Irã aumenta capacidade atômica, dizem diplomatas
Relatório da agência nuclear da ONU deve mostrar que o Irã está avançando com seu programa nuclear, aumentando ainda mais sua capacidade de enriquecer urânio
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2013 às 14h37.
Viena - Um relatório da agência nuclear da ONU deve mostrar que o Irã está avançando com seu programa nuclear, aumentando ainda mais sua capacidade de enriquecer urânio, disseram diplomatas nesta segunda-feira.
Eles afirmaram que também parece que o Irã começou a produzir combustível para um reator de água pesada que poderia produzir plutônio, um incremento que preocupa o Ocidente por seu potencial de ser usado em uma arma nuclear.
Por outro lado, os diplomatas disseram que o relatório dessa semana da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também deve incluir dados mostrando que o Irã está limitando o crescimento de seu estoque nuclear mais sensível, uma medida que poderia ganhar tempo para negociações com as grandes potências.
Se confirmadas, tais revelações formariam um retrato misto das atividades atômicas do Irã em uma época em que o mundo exterior está esperando para ver se o seu novo presidente, Hassan Rouhani, fará algo para aliviar a tensão com os críticos ocidentais da República Islâmica.
O Irã diz que seu programa nuclear é para a geração de energia e para fins médicos apenas, rejeitando as alegações ocidentais de que busca a capacidade de fazer armas atômicas.
Israel ameaçou atacar o Irã se a diplomacia não conseguir conter seu programa e o país reunir suficiente urânio médio enriquecido para fazer uma arma nuclear, se processado. Mas a eleição em junho do moderado Rouhani aumentou a esperança do Ocidente de romper o impasse nas negociações sobre a disputa nuclear, que já duram dez anos.
Os enviados creditados junto à AIEA advertiram que o relatório trimestral da ONU, que deve ser divulgado aos Estados-membros na quarta-feira, irá cobrir principalmente acontecimentos antes de Rouhani assumir o governo iraniano, no início de agosto.
O documento deve dizer que o Irã continuou a instalar centrífugas IR-1 de primeira geração e máquinas IR-2m avançadas, disseram os diplomatas.
As centrífugas giram a velocidade supersônica para produzir urânio enriquecido, que o Irã diz que precisa para abastecer uma planejada rede de usinas de energia nuclear. Mas se for processado ainda mais, o urânio também pode abastecer a ogiva explosiva de uma bomba nuclear.
O chefe de energia nuclear do Irã Fereydoun Abbasi-Davani, um linha-dura que Rouhani substituiu por um pragmático, disse neste mês que o Irã agora tem cerca de 1.000 centrífugas IR-2m - uma declaração que os diplomatas disseram ser credível.
Embora se acredite que as máquinas avançadas ainda não estejam operando, o relatório será examinado por qualquer sinal de aumento de disponibilidade de entrar em serviço, disseram.
Os comentários de Abbasi-Davani sugeriram, no entanto, que o ritmo da instalação IR-1 pode ter diminuído desde o início deste ano.
Um instituto de segurança norte-americano informou no mês passado acreditar que até meados de 2014 o Irã terá a capacidade de produzir, sem ser detectado, urânio para armas suficientes de seu declarado estoque pouco enriquecido para um explosivo nuclear.
Viena - Um relatório da agência nuclear da ONU deve mostrar que o Irã está avançando com seu programa nuclear, aumentando ainda mais sua capacidade de enriquecer urânio, disseram diplomatas nesta segunda-feira.
Eles afirmaram que também parece que o Irã começou a produzir combustível para um reator de água pesada que poderia produzir plutônio, um incremento que preocupa o Ocidente por seu potencial de ser usado em uma arma nuclear.
Por outro lado, os diplomatas disseram que o relatório dessa semana da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também deve incluir dados mostrando que o Irã está limitando o crescimento de seu estoque nuclear mais sensível, uma medida que poderia ganhar tempo para negociações com as grandes potências.
Se confirmadas, tais revelações formariam um retrato misto das atividades atômicas do Irã em uma época em que o mundo exterior está esperando para ver se o seu novo presidente, Hassan Rouhani, fará algo para aliviar a tensão com os críticos ocidentais da República Islâmica.
O Irã diz que seu programa nuclear é para a geração de energia e para fins médicos apenas, rejeitando as alegações ocidentais de que busca a capacidade de fazer armas atômicas.
Israel ameaçou atacar o Irã se a diplomacia não conseguir conter seu programa e o país reunir suficiente urânio médio enriquecido para fazer uma arma nuclear, se processado. Mas a eleição em junho do moderado Rouhani aumentou a esperança do Ocidente de romper o impasse nas negociações sobre a disputa nuclear, que já duram dez anos.
Os enviados creditados junto à AIEA advertiram que o relatório trimestral da ONU, que deve ser divulgado aos Estados-membros na quarta-feira, irá cobrir principalmente acontecimentos antes de Rouhani assumir o governo iraniano, no início de agosto.
O documento deve dizer que o Irã continuou a instalar centrífugas IR-1 de primeira geração e máquinas IR-2m avançadas, disseram os diplomatas.
As centrífugas giram a velocidade supersônica para produzir urânio enriquecido, que o Irã diz que precisa para abastecer uma planejada rede de usinas de energia nuclear. Mas se for processado ainda mais, o urânio também pode abastecer a ogiva explosiva de uma bomba nuclear.
O chefe de energia nuclear do Irã Fereydoun Abbasi-Davani, um linha-dura que Rouhani substituiu por um pragmático, disse neste mês que o Irã agora tem cerca de 1.000 centrífugas IR-2m - uma declaração que os diplomatas disseram ser credível.
Embora se acredite que as máquinas avançadas ainda não estejam operando, o relatório será examinado por qualquer sinal de aumento de disponibilidade de entrar em serviço, disseram.
Os comentários de Abbasi-Davani sugeriram, no entanto, que o ritmo da instalação IR-1 pode ter diminuído desde o início deste ano.
Um instituto de segurança norte-americano informou no mês passado acreditar que até meados de 2014 o Irã terá a capacidade de produzir, sem ser detectado, urânio para armas suficientes de seu declarado estoque pouco enriquecido para um explosivo nuclear.