Agência de notícias
Publicado em 27 de abril de 2024 às 10h26.
O Irã anunciou neste sábado, 27, que irá liberar a tripulação de um navio de bandeira portuguesa confiscado neste mês pelas forças especiais marítimas da Guarda Revolucionária.
A Guarda Revolucionária abordou "MSC Aries" no estreito de Ormuz no dia 13 de abril. As autoridades iranianas acusaram o cargueiro de estar ligado a Israel e afirmaram que o navio "violou as normas marítimas internacionais".
"A questão humanitária da libertação da tripulação do navio nos preocupa muito", declarou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em uma conversa telefônica com seu homólogo de Portugal, Paulo Rangel.
"Demos acesso à assistência consular em Teerã e comunicamos aos seus emissários que os membros da tripulação serão liberados e repatriados", afirmou o ministro, segundo comunicado.
Após o confisco do navio, Portugal convocou o embaixador do Irã para exigir sua liberação imediata.
As autoridades iranianas afirmaram que o navio teria ligações com Israel. De acordo com a agência oficial Irna, "o navio cargueiro chamado 'MCS Aries' foi apreendido por forças especiais marítimas" como parte de "uma operação realizada com um helicóptero perto do Estreito de Ormuz". A agência confirmou que o navio tem "bandeira portuguesa e [é] operado pela empresa Zodiac, pertencente a Eyal Ofer" e que estava "dirigido para águas territoriais" iranianas. Ofer é um bilionário de origem israelense, segundo a agência Associated Press.
A Índia informou, em 18 de abril, que um dos 17 tripulantes indianos do navio já retornou ao seu país. As tensões no Oriente Médio se intensificaram com o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza em 7 de outubro.