Exame Logo

Irã abre minas de urânio após fracasso em negociação

País iniciou as operações em duas minas de urânio e em uma usina de moagem

Trabalhadores iranianos em frente a usina de energia nuclear de Bushehr, 1200 km ao sul de Teerã, no Irã (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 09h54.

Dubai/Viena - O Irã disse nesta terça-feira que iniciou as operações em duas minas de urânio e em uma usina de moagem, e que a oposição ocidental não irá retardar suas atividades nucleares.

As minas de Saghand 1 e 2 ficam na província de Yazd (centro), e a usina Shahid Rezaeinejad fica na localidade de Ardakan, na mesma região. A inauguração dessas instalações coincide com o Dia Nacional da Tecnologia Nuclear, segundo a agência estatal de notícias Irna.

A usina de Ardakan produz o chamado "bolo amarelo", matéria prima que pode ser enriquecida para ser transformada em combustível para usinas nucleares --que o Irã diz ser sua intenção-- ou em material para armas atômicas, como o Ocidente suspeita que seja o real propósito iraniano.

O Irã já sofreu várias rodadas de sanções internacionais por causa da sua recusa em suspender as atividades de enriquecimento de urânio. Na semana passada, uma nova negociação entre o país e seis potências mundiais, no Cazaquistão, terminou sem avanços.

O Irã passou anos construindo as instalações de Saghand e Arakan, e o anúncio desta terça-feira aparentemente visa a demonstrar que o país está cada vez mais autossuficiente na produção de combustível nuclear.

Alguns analistas ocidentais, porém, dizem que o Irã pode estar próximo de esgotar seu estoque de "bolo amarelo", e que extrair o material em minas no próprio Irã pode não ser economicamente viável.

O Irã diz que suas minas podem fornecer o minério de urânio necessário para o seu programa nuclear, e que não há problemas de escassez.

A usina de Ardakan irá beneficiar o minério de Saghand, e poderá produzir 60 toneladas de "bolo amarelo" por ano, segundo a Irna.

O Irã, importante produtor de petróleo, diz estar enriquecendo urânio a fim de alimentar uma futura rede de usinas nucleares, de modo a gerar mais energia para consumo interno, liberando mais petróleo para a exportação.

Em discurso proferido nesta terça-feira na Organização de Energia Atômica do Irã, o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os países ocidentais "tentaram ao máximo impedir o Irã de se tornar nuclear, mas o Irã se tornou nuclear".

"Esta tecnologia, energia e ciência nucleares se tornaram institucionalizadas... Todos os estágios estão no nosso controle, e a cada dia que avançamos um novo horizonte se abre diante da nação iraniana", acrescentou.

Veja também

Dubai/Viena - O Irã disse nesta terça-feira que iniciou as operações em duas minas de urânio e em uma usina de moagem, e que a oposição ocidental não irá retardar suas atividades nucleares.

As minas de Saghand 1 e 2 ficam na província de Yazd (centro), e a usina Shahid Rezaeinejad fica na localidade de Ardakan, na mesma região. A inauguração dessas instalações coincide com o Dia Nacional da Tecnologia Nuclear, segundo a agência estatal de notícias Irna.

A usina de Ardakan produz o chamado "bolo amarelo", matéria prima que pode ser enriquecida para ser transformada em combustível para usinas nucleares --que o Irã diz ser sua intenção-- ou em material para armas atômicas, como o Ocidente suspeita que seja o real propósito iraniano.

O Irã já sofreu várias rodadas de sanções internacionais por causa da sua recusa em suspender as atividades de enriquecimento de urânio. Na semana passada, uma nova negociação entre o país e seis potências mundiais, no Cazaquistão, terminou sem avanços.

O Irã passou anos construindo as instalações de Saghand e Arakan, e o anúncio desta terça-feira aparentemente visa a demonstrar que o país está cada vez mais autossuficiente na produção de combustível nuclear.

Alguns analistas ocidentais, porém, dizem que o Irã pode estar próximo de esgotar seu estoque de "bolo amarelo", e que extrair o material em minas no próprio Irã pode não ser economicamente viável.

O Irã diz que suas minas podem fornecer o minério de urânio necessário para o seu programa nuclear, e que não há problemas de escassez.

A usina de Ardakan irá beneficiar o minério de Saghand, e poderá produzir 60 toneladas de "bolo amarelo" por ano, segundo a Irna.

O Irã, importante produtor de petróleo, diz estar enriquecendo urânio a fim de alimentar uma futura rede de usinas nucleares, de modo a gerar mais energia para consumo interno, liberando mais petróleo para a exportação.

Em discurso proferido nesta terça-feira na Organização de Energia Atômica do Irã, o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os países ocidentais "tentaram ao máximo impedir o Irã de se tornar nuclear, mas o Irã se tornou nuclear".

"Esta tecnologia, energia e ciência nucleares se tornaram institucionalizadas... Todos os estágios estão no nosso controle, e a cada dia que avançamos um novo horizonte se abre diante da nação iraniana", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaIrã - PaísTestes nucleares

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame