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Interrogatórios na Polônia terminaram em 2003, diz ex-líder

Com a declaração, o ex-presidente (1995-2005) confirmou que os procedimentos, que incluíram tortura, foram praticados na Polônia pelos agentes da CIA

Os violentos interrogatórios de suspeitos da CIA em território polonês terminaram após as pressões de Varsóvia em 2003 (Alex Wong/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 10h25.

Varsóvia - Os violentos interrogatórios de suspeitos da CIA em território polonês terminaram após as pressões de Varsóvia em 2003, afirmou nesta quarta-feira o ex-presidente polonês Alexsander Kwasniewski.

Com a declaração, o ex-presidente (1995-2005) confirmou que os procedimentos, que incluíram tortura, foram praticados na Polônia pelos agentes da CIA.

A afirmação contrasta com o silêncio total das autoridades polonesas, que há vários anos apelam para o sigilo do processo organizado pela justiça de apelação de Cracóvia, sem progressos visíveis.

Entrevistado pela rádio TOK FM, um dia depois da divulgação de um relatório devastador do Senado americano, Kwasniewski - que aprovou a "cooperação reforçada no âmbito da inteligência" -, afirmou que, a princípio, a Polônia ignorava as práticas de tortura.

"Era apenas sobre criar locais secretos", disse.

"Que os americanos realizassem estas atividades de maneira tão secreta, provocou inquietação. Por isto, as autoridades polonesas atuaram para acabar com elas e as atividades terminaram", disse.

Kwasniewski explicou ter apresentado a questão ao presidente George W. Bush "no salão oval da Casa Branca" em 2003.

Ele afirmou que Bush defendeu as atividades da CIA, alegando que conseguiam "importantes benefícios em termos de segurança".

"Mas eu disse a Bush que deveria terminar com a cooperação e acabou", disse.

O ex-presidente defendeu o acordo inicial com Washington, recordando os atentados de 11 de setembro de 2001 e o contexto da "guerra contra o terrorismo declarada pela Otan, da qual a Polônia é membro".

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A afirmação contrasta com o silêncio total das autoridades polonesas, que há vários anos apelam para o sigilo do processo organizado pela justiça de apelação de Cracóvia, sem progressos visíveis.

Entrevistado pela rádio TOK FM, um dia depois da divulgação de um relatório devastador do Senado americano, Kwasniewski - que aprovou a "cooperação reforçada no âmbito da inteligência" -, afirmou que, a princípio, a Polônia ignorava as práticas de tortura.

"Era apenas sobre criar locais secretos", disse.

"Que os americanos realizassem estas atividades de maneira tão secreta, provocou inquietação. Por isto, as autoridades polonesas atuaram para acabar com elas e as atividades terminaram", disse.

Kwasniewski explicou ter apresentado a questão ao presidente George W. Bush "no salão oval da Casa Branca" em 2003.

Ele afirmou que Bush defendeu as atividades da CIA, alegando que conseguiam "importantes benefícios em termos de segurança".

"Mas eu disse a Bush que deveria terminar com a cooperação e acabou", disse.

O ex-presidente defendeu o acordo inicial com Washington, recordando os atentados de 11 de setembro de 2001 e o contexto da "guerra contra o terrorismo declarada pela Otan, da qual a Polônia é membro".

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