Intelectual da revolução, ex-ministro cubano morre aos 87 anos
O presidente de Cuba, Raúl Castro, esteve presente no funeral de Hart nesta segunda-feira e prestou uma última homenagem
EFE
Publicado em 27 de novembro de 2017 às 21h17.
Havana - O intelectual e político Armando Hart Dávalos, um dos principais nomes da Revolução Cubana , morreu em Havana, aos 87 anos, devido a uma insuficiência respiratória, informou a imprensa oficial da ilha.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, esteve presente no funeral de Hart nesta segunda-feira e prestou uma última homenagem ao dirigente revolucionário na sede do Centro de Estudos Martianos, onde o corpo do intelectual foi velado.
Importantes líderes cubanos, como o segundo secretário do Partido Comunista, José Ramón Machado Ventura, e o primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, possível substituto de Castro após sua saída da presidência em 2018, também estiveram presentes.
Díaz-Canel destacou a contribuição de Hart a Cuba como ministro da Educação. Quando estava no cargo, comandou a Campanha Nacional de Alfabetização, transformando o país após a vitória da revolução em 1959. Ele deixou o posto em 1965, assumindo o Ministério da Cultura de 1976, quando a pasta foi criada, até 1997.
Hart participou ativamente das atividades revolucionárias desde a época em que estudava Direito na Universidade de Havana, onde se formou em 1952. E chegou a integrar a direção nacional do movimento revolucionário 26 de Julho, liderado pelo ex-presidente Fidel Castro.
Mais tarde, o intelectual foi membro-fundador do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC) e fez parte da direção da legenda, o chamado Bureau Político.
Em 1997, Hart passou a comandar o Escritório do Programa Martiano, sob a tutela do Conselho de Estado, e assumiu a presidência da Sociedade Cultural José Martí, cargos que ocupou nos últimos anos até seus problemas de saúde permitirem.
Nos últimos anos, Hart recebeu vários prêmios. Como intelectual, ele escreveu dezenas de livros sobre a cultura e a política cubana. Vários desses livros acabaram publicados em outros países.