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Inquilinos processam empresa imobiliária do genro de Trump

Caso seja condenada, a empresa de Kushner pode ter que devolver mais de US$ 1 milhão cobrado em aluguéis abusivos

Ivanka Trump e Jared Kushner: a ação foi assinada por nove residentes, mas afirma que mais de cem ex-inquilinos do prédio e atuais estariam na mesma situação (Carlos Barria/Reuters)

Ivanka Trump e Jared Kushner: a ação foi assinada por nove residentes, mas afirma que mais de cem ex-inquilinos do prédio e atuais estariam na mesma situação (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 16h29.

Nova York - Inquilinos de um edifício de Nova York propriedade de Jared Kushner, genro de Donald Trump e assessor especial da Casa Branca, apresentaram nesta segunda-feira um protesto contra a empresa por violações das normas sobre aluguéis.

A ação foi assinada por nove residentes, mas afirma que mais de cem ex-inquilinos do prédio e atuais estariam na mesma situação.

Caso seja condenada, a empresa de Kushner pode ter que devolver mais de US$ 1 milhão cobrado em aluguéis abusivos, de acordo com matéria divulgada pelo jornal "The New York Times".

O processo, apresentado em um tribunal do distrito do Brooklyn, tem como base meses de investigação por parte de uma organização especializada em defender os direitos de inquilinos na cidade.

O House Rights Initiative afirmou que encontrou irregularidades similares em mais de 50 imóveis da Kushner Companies e está estudando a possibilidade de entrar mais ações.

Neste caso, o processo é sobre um prédio que fica no bairro de Brooklyn Heights, um dos mais caros de Nova York.

Segundo a acusação, a empresa do genro de Trump teria violado as normas locais de estabilização de renda, que afetam qualquer prédio de mais de seis apartamentos construído antes de 1974.

Os donos desses imóveis devem notificar todos os anos o preço de cada aluguel e só podem reajustá-lo com base em uma fórmula decidida pelas autoridades.

Kushner é casado com Ivanka Trump, filha do presidente americano. Antes de assumir seu cargo como assessor na Casa Branca, ele vendeu parte de sua empresa, mas mantém o controle do negócio.

A empresa é dona de mais de 20 mil apartamentos e de numerosos prédios de escritórios, especialmente em Nova York e Nova Jersey.

No início do mês, o "The Wall Street Journal" informou que a companhia está sendo investigado pelo uso do programa que oferece vistos a grandes investidores estrangeiros.

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