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Inglaterra pode examinar dados de Miranda, diz corte

Autoridades podem vasculhar os documentos apreendidos para proteger a segurança nacional e investigar eventuais ligações com o terrorismo, decidiu tribunal


	O jornalista Gleen Greenwald (e), com seu companheiro brasileiro David Miranda: brasileiro, que estava em escala numa viagem entre Berlim e Rio de Janeiro, teve o computador, telefone e cartões de memória confiscados
 (Ricardo Moraes/Reuters)

O jornalista Gleen Greenwald (e), com seu companheiro brasileiro David Miranda: brasileiro, que estava em escala numa viagem entre Berlim e Rio de Janeiro, teve o computador, telefone e cartões de memória confiscados (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 13h26.

Londres - As autoridades britânicas podem vasculhar os documentos apreendidos do companheiro brasileiro de um repórter que escreveu sobre os vazamentos feitos por Edward Snowden, para proteger a segurança nacional e investigar eventuais ligações com o terrorismo, decidiu um tribunal nesta quinta-feira.

David Miranda, companheiro brasileiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, foi interrogado durante nove horas no domingo no aeroporto de Heathrow, em Londres, antes de ser liberado sem acusações. O governo britânico enfrentou cobranças para explicar por que usou uma lei antiterrorismo para deter Miranda.

O brasileiro, que estava em escala numa viagem entre Berlim e Rio de Janeiro, teve o computador, telefone e cartões de memória confiscados. Sua advogada em Londres entrou com um pedido de liminar para impedir as autoridades britânicas de examinarem todos os dados apreendidos de Miranda.

Dois juízes da Alta Corte da Grã-Bretanha decidiram que as autoridades poderiam continuar a examinar os dados de Miranda em prol da defesa da segurança nacional e para efeitos de apurar se o brasileiro é uma pessoa que está ou esteve envolvido com a delegação, preparação ou instigação de atos de terrorismo.

Os juízes deram às autoridades britânicas até 30 de agosto para averiguar o que um representante legal da polícia disse ser milhares de documentos.

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